Introdução: Nos últimos tempos tem sido perceptível o envelhecimento progressivo da população, em contrapartida as pessoas que alcançam essa longevidade não chegam de forma tão saudável, apesar da medicina está crescendo a cada dia e descobrindo novas formas de tratamento para diversas doenças, o sentimento de impotência frente à finitude faz com que o enfermeiro muitas vezes se sinta fracassado e incompetente, uma vez que não obtém a cura como resultado do trabalho. A partir disso se faz importante refletir sobre a atitude a ser tomada frente à realidade de um paciente em fim de vida, não indo simplesmente de encontro à “medidas heroicas”, mas levar em conta a fragilidade humana e as necessidades do paciente diante da morte para que se tenha equilíbrio entre o saber científico e humanização, para então, possibilitar uma morte em paz e dignidade por meio dos cuidados paliativos. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por uma enfermeira residente sobre os cuidados da enfermagem frente o paciente em finitude de vida. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, onde se pretende relatar a experiência vivenciada no período de maio a junho de 2021 por uma enfermeira residente de um hospital particular do Rio de Janeiro com perfil geriátrico e serviço de cuidados paliativos. Resultados: Durante o período descrito foi feito o contato com cinco pacientes em finitude de vida em uma unidade de internação hospitalar, onde observou-se que os pacientes e familiares foram acompanhados de perto pela equipe de enfermagem, geriatria e demais componentes da equipe multidisciplinar. Dentre os desafios observados, a ausência de protocolos assertivos e concretos do que fazer a pessoa em finitude, faz com que o enfermeiro não entenda por completo quais medidas tomar, dificultando assim uma melhor assistência. Diante da finitude do paciente existe o pensamento de que não se está fazendo nada para o indivíduo viver, quando na verdade trazer o conforto como objetivo para aliviar a dor e sofrimento é uma das formas de melhor prestar o cuidado. Conclusão: É percebido a importância do estudo sobre cuidados paliativos para o enfermeiro se sentir seguro e bem ao prestar cuidado ao paciente em fim de vida, pois a tristeza no cuidar pode causar adoecimento, além de interferir na assistência, conquanto é importante que os enfermeiros sintam a satisfação de permitir que a aquela pessoa viva o último período da vida que é a morte de forma digna e confortável.