Introdução: A morte pode se apresentar em momentos inoportunos, onde em um ciclo vital considera-se o ápice da vida o nascimento e ao ocorrer o óbito inverte totalmente a cronologia que estamos acostumados a vivenciar, nascer, crescer, reproduzir e falecer. Passamos nosso cotidiano cuidando e desejando que a tão temida morte fique o mais distante possível de nós, precisamente bem longe do auge da vida ou seja o nascimento. Contudo a morte pode ocorrer logo após o parto ou até mesmo antes dele, na gestação, causando profunda frustação materna, assim a decisão de uma futura gestação perpassa das memórias elaboradas na atuação de enfermagem no ato de morte do filho que partiu. Desta forma, a idealização da própria mãe em relação a maternidade, assim como a expectativa criada ao seu redor, dificulta o encontro com a experiência real do processo, pois, não imaginamos que uma mãe, volte com as mãos vazias da maternidade, tampouco que após dias em uma unidade de terapia intensiva neonatal, seu bebê não vá para casa. Observa-se que há poucos estudos de forma qualitativa sobre a perspectiva do que a mãe espera como melhor assistência e como é importante a atuação do enfermeiro neste processo luto. Objetivo: Conhecer as vivências da morte perinatal para a mãe, à influência da assistência de enfermagem na transição do morrer e elaboração do luto e compreender de que forma as memórias elaboradas podem interferir neste contexto familiar e na decisão de uma futura gestação. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, no tipo revisão integrativa de abordagem qualitativa, por meio da análise de periódicos nas bases de dados Scientist Eletronic Library (SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Pubmed/MEDLINE) e a Base de Dados de Enfermagem( BDENF), foram levantados 13 artigos Resultados: Evidenciou-se a escassez de artigos relacionados a esta temática, ressaltando que esta problemática é mais abordada fora do Brasil. Conclusão: Conclui-se a necessidade de conceituar a transição de luto perinatal para uma nova gestação, assim como sua a implementação na assistência da mãe neste contexto de dor, proporcionando acolhimento.