A promoção da saúde das pessoas privados de liberdade é direito constitucional, pautado nos princípios doutrinários do SUS em consonância com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, neste contexto as instituições de ensino superior, têm procurado adotar em suas propostas curriculares, ações que buscam atividades de promoção da saúde com foco na interdisciplinaridade, contribuição social e correlação ensino-serviço. Neste contexto a extensão universitária tem um papel imperativo para tal proposta, pautada para a formação, propiciando ao discente aprender e construir seu conhecimento além das teorias intramuros, gerando uma formação crítica, reflexiva, humanística e ética, permitindo aos acadêmicos situações desafiadoras, contato com paradigmas e desenvolvimento da autonomia pessoal e profissional. Este estudo tem como objetivos compreender as atividades da promoção da saúde das pessoas privadas de liberdade e levantar as implicações das atividades extensionistas desenvolvidas no processo deformação acadêmica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, fruto do Projeto Piloto: Promoção da Saúde do Homem e Reinserção Social na Associação de Proteção e Âmparo ao Condenado (APAC) – Projeto Guarda Chuva, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC/Minas pelo CAAE: 631449316.5.0000.5137. O estudo foi proposto a partir da análise de discurso referenciado por Maria Cecília Minayo, realizado com 07 acadêmicos da PUC/Minas, no período de maio a outubro de 2018.Como resultados foram identificados 03 eixos norteadores: Atividades de extensão e suas implicações na formação acadêmica; Percepções sobre a promoção da saúde das pessoas privadas de liberdade; Ações extensionistas e a integração entre os cursos. Diante dos aspectos encontrados, evidencia-se que a extensão universitária tem uma inferência positiva na formação acadêmica e na promoção da saúde dos homens de forma ética e científica. Conclui-se que as atividades extensionistas na promoção da saúde dos homens privados de liberdade têm implicações positivas ne melhora da qualidade de vida, quebra de paradigmas, produção de conhecimento, autonomia e interlocução entre diversos saberes. Pois permite um olhar ético e reflexivo dos saberes, proporcionando uma conduta humanística de comprometimento com a sociedade.