Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS POR PROFISSIONAIS DO SEXO DE ARAGUATINS-TO
Relatoria:
Raissa Andressa Souza Dias
Autores:
- Daniele Lima dos Anjos Reis
- Renan Andrews Ribeiro Sousa
- Jhéssica Brenda de Souza da Silva
- Thalia dos Santos Moraes
- Lauany Silva de Medeiros
- Maikon Chaves de Oliveira
- Sâmara Cristina Souto de Almeida
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A prostituição é definida como uma atividade institucionalizada, baseada na troca de favores sexuais por dinheiro, estando presente no contexto social desde épocas remotas até os dias de hoje. O preconceito, por parte da sociedade e do poder público em relação a esta prática acaba por obstruir o reconhecimento das necessidades das mulheres que atuam neste ramo. OBJETIVO: Investigar as condições de vida e métodos de anticoncepção utilizados por profissionais do sexo do município de Araguatins-Tocantins (TO). METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório e abordagem quali-quantitativa, desenvolvida no município de Araguatins-TO, com levantamento de dados obtido em maio de 2017. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um questionário semiestruturado elaborado pelos autores. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, sob o nº CAAE: 66637817.0.0000.8023. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 15 profissionais do sexo, com faixa etária entre 18 a 30 anos de idade. Destas, 33% apresentaram entre 18 a 20 anos e 67% de 21 a 30. Quanto à análise do estado civil, 60% viviam em união estável, enquanto 40% eram solteiras, sendo que 70% dessas possuíam ao menos um filho. Além disso, 60% das entrevistadas possuíam renda mensal predominante equivalente a dois salários mínimos. No tocante ao nível de escolaridade, verificou-se que 33% possuía nível fundamental completo, 27% fundamental incompleto, 20% ensino médio incompleto e 20% ensino médio completo. No que concerne ao uso de métodos contraceptivos, 66% utilizavam rotineiramente, 20% usavam somente às vezes e 7% nunca utilizou. No que tange à utilização de preservativo, apenas 15% fazia uso. Quando questionadas acerca da importância do preservativo 85% das mulheres relataram somente o seu papel anticoncepcional, enquanto 15% referiu a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Nesta perspectiva, é possível associar a baixa adesão ao uso do preservativo ao déficit educacional e baixa renda das participantes. CONCLUSÃO: Perante o exposto, constata-se a necessidade do desenvolvimento de estratégias que visem a inclusão de tais mulheres, tendo por objetivo a concessão de conhecimentos necessários à manutenção de sua saúde. Tal cenário somente poderá ser posto em prática através do conhecimento das políticas públicas vigentes voltadas a este grupo especifico, por parte dos profissionais de enfermagem.