LogoCofen
Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
Perfil Sócio-Demográfico-Econômico-Gineco-Obstétrico de Mulheres em Situação de Rua
Relatoria:
Livya dos Santos Manso
Autores:
  • Anna Victória Almeida de Azevedo
  • Julia Verli Rosa
  • Camila Oliveira Climaco
  • Ana Luiza de Oliveira Carvalho
  • Gabriela Mello Silva
  • Ana Beatriz Azevedo Queiroz
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Monografia
Resumo:
Introdução: A população de rua tem crescido de forma desordenada e isto se tornou um problema de saúde pública, uma vez que estas pessoas usam os locais públicos como suas moradias temporárias ou permanentes. Para esse público a rua tem um sentido diferente do que para o resto da população, para eles a rua traduz uma falta de opção, perda da dignidade, da esperança, lugar de invisibilidade. Objetivos: Descrever o perfil Sócio-Demográfico-Econômico-Gineco-Obstétrico de mulheres em situação de rua em uma Área Programática do Município do Rio de Janeiro. Metodologia: Estudo descritivo com abordagem quantitativa. Realizado em uma Clínica da Família que possui uma equipe de Consultório na Rua. Os dados foram secundários, obtidos por prontuário de mulheres que vivem em situação de rua e os critérios de inclusão foram: mulheres maiores de 18 anos, em idade reprodutiva, entre os 15 e 49 anos, assistidas pela equipe do Consultório na Rua. Foram excluídos prontuários que não atendiam no mínimo 50% das informações que constam no objeto de coleta de dados. A coleta de dados ocorreu em 3 etapas: identificação, antecedentes reprodutivos e antecedentes psicoativos. As informações foram armazenadas no Google Forms, os dados foram agrupados e, por estatística simples, construídos quadros e tabelas. Resultados: Mulheres com média de 30-40 anos, naturais do Rio de Janeiro (81,8%), de raça preta (45,4%), casadas (40,9%) e sem atividade remunerada (63,6%). Possuíam Ensino Fundamental Incompleto (27,2%), usavam a rua como moradia (91%) e moravam há mais de 1 ano nela (27,3%). Elas utilizavam anticoncepcional (50%), já engravidaram (86,4%) e tiveram mais de 3 gestações (47,3%), não sofreram aborto (31,8%), tiveram mais de 3 partos (27,3%), tinham filhos (86,4%) e eles nasceram em um serviço de saúde (72,7%). Já foram detectadas com IST (40,9%) e já fizeram teste rápido (72,7%). Aos antecedentes psicoativos, já utilizaram drogas (91%), usam há mais de 1 ano (31,9%), continuam usando atualmente (81,9%), não possuem transtornos psiquiátricos (41%) e não fazem uso de psicofármacos (41%). Conclusão: De acordo com os dados obtidos, o perfil das usuárias conflui com a vulnerabilidade em que elas vivem utilizando a rua como moradia. Diante disso, cabe ao Enfermeiro do Consultório na Rua o papel de minimizar essa fragilidade e a invisibilidade imposta a esta mulher, dando assistência necessária para que ela tenha seus direitos respeitados e resguardados.