Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA ASSISTÊNCIA ÀS VÍTIMAS DE TENTATIVAS DE AUTOEXTERMÍNIO
Relatoria:
Silvia Adriana de Andrade
Autores:
- Júlio César Batista Santana
- Maria Aparecida da Silva
- Aleksander Luiz de Andrade
- Clara Amorim de Sousa Milagre
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O autoextermínio trata-se de um processo complexo, multifatorial, que ocorre em razão de diversos fatores (genéticos, sociais, econômicos e culturais) envolve uma interação de aspectos individuais e sociais. É considerado um problema mundial e grave de saúde pública. E nesse sentido a Organização Mundial de Saúde aponta a necessidade de desenvolver políticas públicas referente a prevenção do suicídio. Este estudo tem como objetivo em compreender a percepção da equipe de Enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência acerca da assistência às vítimas de autoextermínio. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e com perfil subjetivo e transversal, utilizando procedimentos de entrevistas semi estruturadas contemplando 5 questões norteadoras, utilizando a técnica de snowball “Bola de Neve”. Foram entrevistados 6 Enfermeiros e 3 Técnicos de Enfermagem no período de junho à agosto de 2021, os dados foram referenciados pela análise de conteúdo proposto por Laurence Bardin.O projeto de Pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC/Minas com o parecer CAAE: 42254021.8.0000.513, em consonância com a resolução que determina as diretrizes para as pesquisas envolvendo seres humanos. Nos resultados emergiram 03 categorias: Sentimentos da equipe de enfermagem na assistência às vítimas de tentativa de autoextermínio no Atendimento Pré-Hospitalar; Importância e apoio à saúde mental da equipe de enfermagem e Assistência de enfermagem aos familiares das vítimas de autoextermínio. Os dados retratam fatores adversos que comprometem a assistência referentes a situações sociais, indisponibilidade de serviços adequados as necessidades individuais da pessoa com comportamento suicida, sentimentos de tristeza, angústia, ansiedade, julgamentos e solidariedade que permeiam a vida do profissional onde muitas vezes impossibilita a assistência de enfermagem direcionar cuidados mais humanizado, sendo efetivo quanto às intervenções e procedimentos aplicados visam amenizar os agravos. Conclui-se que os profissionais que atuam no atendimento pré-hospitalar necessitam de apoio psicológico, além de ampliar as discussões sobre a temática de autoextermínio e a aquisição de competências e habilidades capazes de prover uma assistência de qualidade e menos impactante na saúde emocional dos membros da equipe.