Entende-se que o conceito de empreendedor significa ter a necessidade de realizar coisas novas, pôr em prática ideias próprias ou já existentes de forma inovadora. É sabido que o ato de empreender está presente na enfermagem desde o século XIX, quando Florence Nightingale fundou a escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, em Londres. A pergunta que formulou o problema de pesquisa foi “Como o empreendedorismo pode ser um caminho de inovação e empoderamento para a enfermagem?”. Desse modo, o estudo objetiva identificar de que maneira a formação acadêmica do enfermeiro pode contribuir com o desenvolvimento de um perfil empreendedor e analisar em quais campos o enfermeiro pode empreender de forma autônoma. O estudo se construiu através de uma abordagem qualitativa, do tipo revisão integrativa, que teve como base de dados a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), através das revistas: LILACS, BDENF e MEDLINE. Para a pesquisa foram adotados os seguintes critérios de inclusão de artigos: texto completo, em língua portuguesa, no formato de artigo, com recorte temporal de cinco anos (2016 – 2021). Os critérios para exclusão foram: materiais duplicados e que não atendiam a temática. Ao fim da aplicação dos critérios anteriormente descritos, emergiram 8 artigos. Com base nos artigos analisados, observou-se que a formação acadêmica do enfermeiro tem por objetivo dotar o profissional de competências de seu exercício profissional, dentre elas: atenção à saúde; tomada decisão; comunicação; liderança; gerencia e educação permanente. Constatou-se ainda, que tais habilidades adquiridas durante a graduação contribuem para construção de um enfermeiro empreendedor. Dessa forma, identificou-se que como profissional liberal, o enfermeiro pode atuar em clínicas e consultórios realizando consultas de enfermagem para todas as faixas etárias, podendo realizar ainda ministração de cursos, oficinas e outras. Assim, aponta-se que a enfermagem tem potencial para explorar novos campos, sendo isenta a necessidade de se submeter aos espaços tradicionais assistencialistas. O que amplia a possibilidade de alcançar uma posição diferenciada de liderança e gerenciamento, promovendo autonomia, reconhecimento profissional, desmistificando a ideia de uma parcela da sociedade que ainda considera a classe como subalterna a outras categorias.