Objetivo: Desvelar a percepção de profissionais que atendem crianças/adolescentes abusadas sexualmente acerca do discurso de familiares sobre os fatos. Método: Estudo qualitativo realizado com 22 profissionais da equipe de enfermagem de um hospital geral da Bahia, Brasil. A coleta ocorreu de junho a julho de 2019, utilizando questionário semiestruturado. Para a análise, utilizou-se as três etapas recomendadas por Bardin com suporte do software NVivo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Na percepção das profissionais de enfermagem, os depoimentos sobre abusos sexuais de crianças e adolescentes, muitas vezes, demonstram o (des)conhecimento dos abusos vivenciados por crianças e adolescentes, a omissão de responsáveis com relação a ocorrência de abusos sexuais infantojuvenis, ou mesmo incoerência dos relatos apresentados por pessoas responsáveis pelas vítimas. Considerações finais: Há necessidade de profissionais da saúde conduzirem casos suspeitos de abusos sexuais de forma semelhante à atenção dada às vítimas deste agravo, mantendo sigilo das informações, prevenindo complicações à saúde da vítimas através do acompanhamento psicossocial.