Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC), uma deficiência neurológica focal ou global, de início súbito, que pode ser de causa hemorrágica ou isquêmica, podendo gerar vários déficits neurológicos e consequentemente disfunções no organismo da pessoa acometida. A partir disso, os enfermeiros devem realizar o processo de enfermagem para planejar e executar de forma sistematizada e individualizada o cuidado a esses pacientes no ambiente hospitalar. Objetivo: Identificar o conhecimento produzido sobre as intervenções de enfermagem a pacientes vítimas de acidente vascular cerebral em unidade de terapia intensiva. Metodologia: Scoping review, cuja questão norteadora foi: “Quais as evidências disponíveis sobre intervenções de enfermagem à pacientes vítimas de acidente vascular cerebral em unidade de terapia intensiva?”. A seleção ocorreu em janeiro e fevereiro de 2021, por meio dos descritores controlados: processos de enfermagem, cuidados de enfermagem, acidente vascular cerebral e unidades de terapia intensiva, e, o descritor não-controlado: “sistematização”, nas bases de dados: Pubmed/MEDLINE, LILACS, Web of Science, Scopus e CINAHL. Critérios de inclusão: artigos originais, completos, publicados em português entre 2010 e 2020. Resultados: Foram selecionados seis artigos para esta revisão e as intervenções de enfermagem identificadas foram: realizar monitorização respiratória, monitorização dos sinais vitais, monitorização neurológica; realizar controle de vias aéreas, estímulo à tosse, cuidados com lesão por pressão; proporcionar manutenção da saúde oral; restaurar saúde oral; proteger contra infecção; realizar posicionamento neurológico e terapia com exercícios: mobilidade articular; promover melhora do sono e da comunicação; prevenir quedas; reduzir a ansiedade; realizar aconselhamento nutricional e modificação do comportamento; vigiar refeições; inserir e alimentar via sonda nasogástrica; vigiar conteúdo gástrico; executar técnica de posicionamento preventiva de aspiração; lavar a boca do paciente; avaliar deglutição; avaliar risco de aspiração; inspecionar cavidade oral. Conclusão: Os prejuízos referentes ao AVC tornam o paciente dependente em algum nível, o que exige rigor no planejamento e na execução dos cuidados de enfermagem. Para tanto, faz-se necessário o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e de metas realistas para que as intervenções de enfermagem auxiliem na recuperação da saúde e redução das sequelas desses pacientes.