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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
DESAFIOS E LIMITAÇÕES PARA IMUNIZAÇÃO DOS USUÁRIOS(AS) COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
THAINÁ CALÓ MAGALHÃES
Autores:
  • Evaldo Almeida da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A comunicação é uma ferramenta fundamental para estabelecer o acolhimento de forma efetiva, criar vínculo profissional-usuário(a) e promover uma assistência de acordo com os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS): universalidade, integralidade e equidade. Objetivo: Discorrer sobre as limitações evidenciadas a partir da experiência de uma enfermeira residente no contexto de vacinação dos usuários(as) com deficiência auditiva. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, a partir da vivência na vacinação dos usuários(as) com deficiência em um dos Drive-Thrus de vacinação contra a Covid-19 na capital baiana no mês de julho do ano de 2021. Resultados e Discussão: Um dos grandes desafios percebidos, durante a Campanha de Vacinação contra a COVID-19 no Drive-Thru, foi o estabelecimento de uma comunicação efetiva entre os usuários(as) com deficiência auditiva e toda a equipe técnica envolvida no processo de imunização. Nenhum dos profissionais de saúde presentes no local de vacinação sabia se comunicar através da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), de modo que, a tentativa de diálogo se deu através de gestos ou por intermédio com os(as) acompanhantes. Vale ressaltar, que outra estratégia, como a leitura labial, sofreu interferência devido ao momento pandêmico vivenciado, onde existe o uso de máscaras pela população. Assim, a equipe de enfermagem recorreu a realizar de forma gestual e, até mesmo, escrevendo em folhas de papel ofício, as orientações quanto às possíveis reações adversas, as contra indicações e ao intervalo vacinal, àqueles usuários (as) sem acompanhantes. Conclusão: O não estabelecimento de uma comunicação efetiva, colabora diretamente para a ineficiência na prestação do cuidado integral ao indivíduo. Um olhar sensível dos gestores sobre a contratação de intérpretes, bem como, promoção de atividades de capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais da área da saúde quanto a linguagem de sinais são essenciais para minimizar as limitações na assistência e promover a inclusão das pessoas com deficiência auditiva.