Introdução: A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 tem afetado o modo de viver das pessoas em todo o mundo. Neste contexto, indivíduos em situação de vulnerabilidade constituem um grupo que apresenta comportamentos que os expõem ao SARS-CoV-2. Objetivo: Descrever as experiências de enfermeiras vinculadas às ações de enfrentamento da COVID-19 para grupos em situação de vulnerabilidade social residentes na região metropolitana de Goiânia. Metodologia: Consiste em um relato de experiência de enfermeiras ao descrever as reflexões em diários de campo oriundas das ações de testagem para COVID-19, via RT-PCR em 500 pessoas vulneráveis, entre julho e outubro de 2020, nas dependências da UFG. Resultados: O desenvolvimento das ações proporcionou as enfermeiras uma análise crítico-reflexiva da situação de catadores de material reciclável, imigrantes e refugiados, indivíduos em situação de rua e população LGBTQ+. Inicialmente, parcerias com membros das Organizações da Sociedade Civil foram imprescindíveis para o alcance do grupo. A articulação para entrega dos resultados foi uma etapa de difícil execução, principalmente para o grupo de imigrantes e refugiados, que possue a língua estrangeira como dominante. Por fim, percebeu-se que as precárias condições de vida e trabalho, além de dificuldades de acesso aos serviços de saúde foram situações presentes na vida destas pessoas e podem estar relacionadas a manutenção da pandemia neste grupo. Conclusão: A experiência vivenciada contribuiu para o amadurecimento profissional e para a compreensão das subjetividades e particularidades humanas que aqui foram evidenciadas pela exclusão social e exacerbada pela pandemia. Contribuições e implicações para a Enfermagem: Compreender as dimensões que comprometem o enfrentamento da Covid-19 em grupos vulneráveis é um desafio para a Enfermagem. Portanto, o Enfermeiro torna-se um agente essencial no atendimento a esse grupo, cuja cidadania comprometida torna-os invisíveis da sociedade.