Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON: UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA POPULAÇÃO OBSTÉTRICA
Relatoria:
Carla Evangelista de Araujo
Autores:
- Robson José Lima da Silva Filho
- CÍCERO FRANCALINO DA ROCHA
- Maria José Francalino da Rocha Pereira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, em 2015, a utilização da Classificação de Robson (CR) como instrumento a ser utilizado em todo mundo, por ser simples e de fácil implementação e fornecer dados de forma padronizada permitindo, assim, avaliar, monitorar e comparar as taxas de cesáreas ao longo do tempo em um mesmo hospital e entre diferentes hospitais. A CR compreende a categorização de mulheres grávidas em um dos 10 grupos de Robson, de acordo com seis características obstétricas, o que contribui para o conhecimento do tipo de população atendida. Objetivo: Identificar os principais grupos que compõem a população obstétrica, de acordo com a classificação de Robson. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo, de corte transversal, realizado com dados registrados no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), que utiliza documento individualizado e padronizado, em nível nacional, a Declaração de Nascido Vivo (DN). A população de estudo foi constituída por mulheres residentes na região de atenção à saúde Juruá Tarauacá/Envira do estado do Acre, que pariram no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018. A região estudada é composta por sete municípios, os quais juntos representam 26,5% da população do estado do Acre. A CR é baseada nos seguintes parâmetros obstétricos: paridade; cesárea anterior; idade gestacional; início do trabalho de parto; número de fetos, situação/apresentação fetal. A pesquisa seguiu os preceitos éticos. Resultados: Foram identificadas 25.019 mulheres que pariram no período de cinco anos. Os grupos mais populosos foram G3 (29,8%), G1 (20,1%) e G10 (17,0%) correspondendo a 66,9% do total de mulheres. 73,4% das mulheres foram categorizadas nos grupos de 1 a 5. De acordo com as características obstétricas, 36,4% das mulheres eram multíparas (G3 e G4) e 25,6% nulíparas (G1 e G2); 11,5% com uma ou mais cesáreas anteriores (G5); 2,8% com feto único em apresentação pélvica (G6 e G7); 1,6% com gestação múltipla (G8), 0,1% com feto em situação transversa ou oblíqua (G9) e 17,1% com feto prematuro (G10). Conclusão: O uso da CR permitiu conhecer, com maior especificidade, o perfil da população obstétrica assistida na região estudada. Ressalta-se a importância da CR como instrumento de gestão para auxiliar no processo de planejamento da assistência à mulher no ciclo gravídico-puerperal.