Introdução: O estigma e a discriminação causados pela hanseníase resultam na negação do indivíduo pela sociedade que gera consequências sociais e financeiras, afetando o seu bem-estar. Com objetivo de reduzir o preconceito associado à doença, no ano de 1970 iniciou o trâmite para modificar o termo “lepra” que trazia consigo a concepção de atavismo associado aos fatos contidos na bíblia. Portanto, em 29 de Março de 1995 foi sancionada a Lei n° 9.010 que dispõe sobre a terminologia oficial relativa à hanseníase. Considerada um problema de saúde pública, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa transmitida pela bactéria Mycobacterium leprae que afeta a pele e os nervos. De acordo com o Ministério da Saúde, as ações de educação em saúde são essenciais para minimizar seu contágio, visto que o Brasil é o segundo país no ranking mundial onde há notificação de pessoas acometidas. Objetivo: Relatar a experiência das ações de um projeto de extensão voltado à educação em saúde que ocorre na Orla da Cidade de Olinda/PE, que visa identificar o desconhecimento presente na população acerca da hanseníase. Metodologia: Tem por título “Hanseníase na Orla de Olinda: Educação em Saúde à População”, projetado por graduandos do curso de Enfermagem com orientação da docente e enfermeira, iniciado em Março de 2021. Com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a hanseníase e desmistificar o estigma e preconceito, foram desenvolvidas metodologias ativas para execução de 6 ações extensionistas de educação em saúde, tendo um banner como material de apoio, utilizando a camisa oficial do projeto. Até o instante foram realizadas 4 atividades, totalizando 34 ouvintes. Resultados: Durante as ações foi analisado que os participantes desconheciam a doença através do termo “hanseníase”, porém, quando questionado se já ouviram falar sobre a “lepra”, logo associavam aos acontecimentos bíblicos, relacionando ao ato de excluir o indivíduo acometido do meio social. Dessa forma, torna-se notório o desconhecimento da sociedade acerca da Lei n° 9.010, tendo como consequência o estigma e a discriminação que ainda são bastante relevantes no Brasil. Conclusão: Portanto, visando à desconstrução do preconceito e consequentemente, a reintegração social dos indivíduos acometidos pela hanseníase, é fundamental o investimento em campanhas educativas no Brasil, uma vez que a hanseníase é considerada um sério problema de saúde pública e devido ao seu estigma, carrega um aspecto histórico de rejeição.