Introdução: Delirium é uma síndrome neuropsiquiátrica complexa, caracterizada pela desordem de atenção aguda e função cognitiva e está presente principalmente nos idosos internados nas unidades de terapia intensiva, fato que pode aumentar o tempo de internação. Objetivo: avaliar a relação do perfil sociodemográfico e clínico dos idosos com diagnóstico de delirium submetidos a cirurgia de alta complexidade. Metodologia: estudo transversal com abordagem quantitativa. Apresenta como campo de investigação uma unidade hospitalar situada no município do Rio de Janeiro. Os participantes do estudo são os idosos com a identificação do delirium, internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Dados Sócios Demográficos dos idosos com a identificação do delirium, internados na UTI; Escala Confusional Assessment Method in Intensive Care Unit (CAM-ICU). A pesquisa atende a Res.466/12, n.3.936.815. Resultados: Observa-se os aspectos sociodemográfico: paciente que fez cirurgia cardíaca (21,3%) ou vascular (25,5%), do sexo masculino (63,8%), na faixa etária de 65 a 85 anos (78,7%), categoria profissional predominante comerciante (23,4%) ou do lar (17,0%), não estava ativo no trabalho (66,0%) e tinha 2 filhos (48,9%). Já em relação a saúde, tem-se: presença de peso normal (59,6%), eram tipicamente hipertensos (70,2%), e apresentavam no total de 1 a 4 comorbidades (74,5%), não fumavam (59,6%) e não consumiam álcool (78,7%). Os pacientes ficaram tipicamente 2 dias na UTI (53,2%), tinham escore insônia igual 0 (40,4%), escore de saudades igual a 0 (51,1%), escore de preocupações igual a 0 (29,8%) e escore total de estressores na faixa de nível moderado (36,2%) ou nível baixo (29,8%). Conclusão: A ocorrência de delirium está associada significativamente ao número de dias de internação, constipação intestinal e uso do anlodipino. Assim, os profissionais de saúde devem estar atentos aos fatores de risco para prevenir casos de delirium e contribuir para o prognóstico.