Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
RELEVÂNCIA DO ENSINO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO CONTEXTO DOS CURSOS DE ENFERMAGEM
Relatoria:
Lorena Gabriela da Ressurreição Silva
Autores:
- Ludmila de Oliveira Ruela
- Juliana Stefanello
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) reiteram a importância de integrar tratamentos convencionais com outras práticas de cuidado. O emprego das PIC reforça os princípios do SUS e oferece uma assistência humanizada, emancipatória e com cuidado centrado no indivíduo, melhorando a qualidade de vida da população. Atualmente, o ideal de cuidado é alicerçado na produção social da saúde-doença, transcendendo o modelo assistencial hegemônico e rompendo com a abordagem curativista, sendo as PIC uma estratégia para reforçar esse novo paradigma. Assim, temos o objetivo de fazer uma reflexão sobre o ensino das PIC nos cursos de enfermagem, como forma de contribuir com a formação para atender essa nova concepção. Considerando que o enfermeiro geralmente tem o primeiro contato com as PIC na pós-graduação, esse conhecimento fica defasado, embora sejam feitos investimentos em estudos com PIC por meio da extensão acadêmica. Entretanto, mesmo com incentivos para a inserção das PIC nos cursos de graduação e pós-graduação para as profissões da saúde, verifica-se um déficit na abordagem do tema nas grades curriculares. Poucas são as instituições públicas que incluem matérias envolvendo as PIC, principalmente de maneira obrigatória. De forma crítica, vemos que a temática das PIC é pouco abordada nas grades curriculares dos cursos de enfermagem, o que ocasiona uma lacuna de conhecimento. Esse pode ser um fator limitante para a formação do enfermeiro, posto que a compreensão sobre as PIC colabora para a criação de uma perspectiva holística sobre o cuidado. A implementação das PIC contribui para uma ação assistencial que valoriza as singularidades dos sujeitos, dando protagonismo aos usuários e considerando os saberes tradicionais e culturais. Fica evidente, que agregar esse conhecimento aos cursos de graduação, contribui para a formação de profissionais mais capacitados a enxergar o paciente com humanidade e sensibilidade, cooperando para a construção de uma identidade profissional que lida com o cuidado em sua perspectiva biopsicossocial, transformando o modo de se pensar e fazer saúde. Concluindo, é indispensável propiciar um ambiente de formação que valorize as PIC, contribuindo para a criação de um paradigma de cuidado que transcende a ótica curativa e caminhe fortalecendo os ideais do SUS.