Introdução: A atenção primária, sendo a porta de entrada do sistema de saúde para a população, constitui uma das principais parceiras no processo de acolhimento das crianças com Síndrome de Down (SD) e de seus cuidadores, pois é capaz de organizar os serviços necessários ao atendimento desse grupo populacional e contribuir para a promoção do desenvolvimento saudável. Nesse sentido, a abordagem da rede social de apoio à família que convive com uma criança com SD é de extrema importância, pois essa rede pode auxiliar no enfrentamento não só dos problemas de saúde que a síndrome pode trazer para a criança, mas também dos problemas sociais e dificuldades econômicas e emocionais que podem surgir. Objetivos: Descrever a rede social de cuidadores de crianças com Síndrome de Down e identificar o tipo de apoio recebido pelos cuidadores no cuidado de crianças com Síndrome de Down. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. Os participantes do estudo foram 5 cuidadores de crianças com Síndrome de Down residentes no município do Rio de Janeiro. A análise dos mapas de rede social foi realizada com base no referencial metodológico de Sanicola e, para a análise das falas emergentes das entrevistas, utilizou-se como referência a técnica de análise de conteúdo de Bardin. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Escola de Enfermagem Anna Nery, com anuência da gerência da unidade de saúde e aprovação do Comitê de Ética da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, mediante parecer de número 2065948 e CAAE 66603317.2.0000.5238. Resultados: Os resultados demonstraram que as redes sociais dos cuidadores entrevistados são predominantemente pequenas, pouco densas, marcadas por fortes relações com familiares e amigos. Na análise das falas foram identificadas três categorias: apoio emocional da família, suporte emocional e financeiro dos amigos e insatisfação com o serviço de saúde. Conclusão: Conclui-se que a abordagem da temática rede social pelo profissional de saúde, principalmente o enfermeiro, faz-se necessário para o conhecimento das relações e como elas se dão, de forma a fortalecer vínculos e realizar intervenções que visem uma melhor qualidade de vida para os cuidadores de crianças com Síndrome de Down.