A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Ao analisar a distribuição dos casos por idade, constatou-se que a população idosa era aquela que apresentava uma maior vulnerabilidade as complicações da doença devido a maior presença de comorbidades e a imunosenescência, principalmente no que diz respeito as déficit cognitivo. Sendo assim, este trabalho possui como objetivo descrever as alterações cognitivas após a infecção por Covid-19 em idosos e as intervenções para a transição do cuidado. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com caráter exploratório e descritivo. Formulou-se a questão de revisão adotando a estratégia PICO: identificação das intervenções de transição aos idosos com déficits cognitivos decorrentes da infecção pelo Covid-19. Como banco de dados para a pesquisa bibliográfica, elegeu-se a Public Medline e a Biblioteca Virtual em Saúde. Foram elegidos os seguintes critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, em português ou inglês, publicados em 2020 e 2021 e que tivesse relação com o tema em estudo. Inicialmente foram identificados 31 artigos. Após a triagem dos títulos, dos resumos e, em seguida, a avaliação detalhada dos textos na íntegra, 7 artigos foram incluídos nesta revisão. Todos os artigos foram originais, publicados em inglês e realizados principalmente por médicos e enfermeiros. Dessa amostra, 6 artigos abordavam as alterações cognitivas em idosos após a infecção pelo Covid-19. Esses estudos afirmam que pacientes idosos com deficiências funcionais apresentavam déficits cognitivos importantes após a terapia ventilatória. Além disso, acrescentam que o delirium prejudicou a capacidade funcional e cognitiva desses idosos, sendo que seria de grande importância o auxílio de profissionais capacitados após a alta. Neste sentido, vale ressaltar que os cuidados de transição para a pessoa idosa são necessários, pois se for fornecido a eles uma continuidade no cuidado com uma abordagem multidisciplinar, otimizando a sua resposta a doença e a sua reabilitação, o número de novas hospitalizações e a tendência dele apresentar complicações após a alta irá diminuir. Os resultados ainda reforçam a necessidade de novas pesquisas sobre a temática, principalmente por pesquisadores brasileiros, a fim de estabelecer diretrizes para orientar o planejamento e direcionamento dos cuidados de transição.