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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
ESTRATÉGIAS DE COPING UTILIZADAS POR TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE UNIDADES DE INTERNAÇÃO COVID-19
Relatoria:
Lucas Barbosa Santos Dias
Autores:
  • Elias Barbosa de Oliveira
  • Raphael Lopes Valério
  • Gilvana Jessica de Oliveira Higa
  • Raquel Santos de Freitas
  • Carlos Henrique de Sousa Cordeiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
ÉTICA, LEGISLAÇÃO E TRABALHO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os profissionais de enfermagem que trabalham diretamente com a Covid-19 são apontados no país como os mais vulneráveis a contraírem a infecção pelo novo coronavírus, cujo nexo causal pode manter relação com a maior exposição, ausência de proteção adequada, déficit de pessoal, falta de treinamento e sobrecarga de trabalho. E diante do sofrimento no trabalho, surgem estratégias de coping com papel mediador, ou seja, são utilizadas pelo indivíduo para fazer frente às demandas ambientais julgadas exaustivas e prejudiciais, a fim de continuar trabalhando com menos sofrimento. As estratégias de coping referem-se a uma série de respostas cognitivas e comportamentais realizadas intencionalmente por um indivíduo para lidar com ameaças ou situações difíceis quando não há resposta automática. Objetivo: Identificar as estratégias de coping utilizadas pelos profissionais de enfermagem frente o estresse psicossocial em unidades de internação de Covid-19. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo do tipo transversal, realizado entre o final de 2020 e início de 2021, com 117 trabalhadores de enfermagem de unidades de internação Covid-19 de um hospital universitário situado na cidade do Rio de Janeiro, que responderam a Escala de Coping Ocupacional e questões sociodemográficas e ocupacionais. Resultados: A amostra foi composta em sua maioria pelo sexo feminino, vivem com companheiro(a) e faixa etária entre 31 e 50 anos. O fator controle teve a maior pontuação média entre os fatores da Escala de Coping Ocupacional e nele “tento ver a situação como uma oportunidade para aprender e desenvolver novas habilidades” (53,0%) e “esforço-me para fazer o que eu acho que se espera de mim” (50,4%) foram as ações mais empregadas. Conclusão: Ratifica-se a relevância das estratégias de coping como preditoras do estresse psicossocial, pois na medida que o indivíduo age no problema ou na regulação da emoção, maiores serão as chances de minimização do estresse, devendo-se considerar também o suporte social. Uma vez que a presença de estressores no ambiente de trabalho possa levar ao adoecimento, o uso de estratégias de coping é importante para reduzir os efeitos físicos e mentais do estresse. Portanto, é pertinente planejar ações de cunho preventivo, direcionadas a satisfação, motivação e bem-estar no trabalho dos profissionais de enfermagem.