Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL SOCIODEMOGRÁGICO DE MULHERES GRÁVIDAS POSITIVAS AO HIV QUE VIVENCIAM VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Relatoria:
Larissa de Souza Ananias
Autores:
- Verônica Peres Gonçalves
- Izabela da Silva Pinheiro
- Selma VIllas Boas Teixeira
- Leila Rangel da Silva
- Regina Rocco
- Luiza Pereira Maia de Oliveira
- Yamê Regina Alves
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A violência de gênero perpetrada por parceiro íntimo contra a mulher grávida positivas ao HIV é um problema de saúde pública mundial. Traz consequências nefastas à saúde das mulheres e seus filhos, tais como: início tardio do pré-natal, baixa adesão ao TARV, morte fetal intrauterina, baixo peso ao nascer, rompimento placentário, hemorragia e risco de transmissão vertical. Ademais, essas mulheres possuem risco aumentado de adquirirem outras IST, terem gravidezes não desejadas e abortamentos. OBJETIVO: Descrever o perfil sociodemográfico de mulheres grávidas positivas ao HIV que vivenciam a violência por parceiro íntimo. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva, exploratória, qualitativa, realizada em um hospital universitário e em 2 unidades de saúde especializadas em HIV, no Estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada por um roteiro de entrevista semiestruturado. RESULTADOS: Foram entrevistadas 28 mulheres, onde 27 vivenciavam ou perpetraram alguma forma de violência de gênero em seus relacionamentos. Estas tinham entre 18 e 37 anos, e a maioria se autodeclarou parda e preta. Quanto ao local de moradia, 16 moravam no município do Rio de Janeiro, 2 em Nova Iguaçu, 4 em Rio das Ostras, 2 em Macaé, 1 em Guapimirim e 1 em Mangaratiba. Sobre a religião, a maior parte das entrevistadas relataram ser protestantes. Quanto a escolaridade, 5 não possuem o ensino fundamental,11 concluíram o ensino fundamental, 10 o ensino médio, e 1 o ensino superior. Em relação à ocupação, 17 exerciam a função do lar e 10 trabalhavam informalmente. A renda familiar variou de 1 a 10 salários-mínimos. Sobre o uso de drogas, 18 afirmaram utilizar álcool, maconha e cocaína. No que tange à situação conjugal, a maioria relatou viver em união consensual e o tempo de relacionamento variou de 6 meses a 16 anos. Sobre o uso do preservativo, 22 nunca usaram. Todas as formas de violência de gênero perpetrada por parceiro íntimo foram relatadas, entre elas: psicológica, física, sexual, patrimonial e moral. CONCLUSÃO: O resultado mostrou que a maioria era jovem, preta ou parda, com baixa escolaridade e renda familiar, do lar, se relacionava em regime de união consensual, tinha multiplicidade de parceiros, não usava preservativo e fazia uso de drogas. Portanto, reforça que o acolhimento no pré-natal, deve considerar o perfil sociodemográfico e o contexto social das mulheres.