Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DA COVID-19 POR USUÁRIOS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Relatoria:
Ingryd Rodrigues Xavier Docusse
Autores:
- Isabella Alcantara de Oliveira
- Giulia Elena Tessaro
- Débora Aparecida da Silva Santos
- Magda de Mattos
- Leticia Silveira Goulart
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Embora existam estudos que comprovem a ineficácia de alguns medicamentos para tratar os sintomas da COVID-19, o uso deles ocorre de forma irracional no Brasil, através da disponibilização do ‘’kit COVID’’ e da cultura de automedicação da população. Nesse contexto, os profissionais de saúde devem contribuir com a promoção do uso racional de medicamentos, auxiliando assim na qualidade de vida de indivíduos, famílias e comunidades. Objetivos: Avaliar os medicamentos utilizados por usuários da Estratégia Saúde da Família no tratamento da COVID-19. Metodologia: Estudo descritivo e transversal com usuários de 40 Unidades de Saúde da Família de Rondonópolis, MT. A amostragem foi por conveniência, com inclusão dos usuários maiores de 18 anos que compareceram nas unidades no momento da coleta de dados. Os dados foram coletados entre janeiro a julho de 2021, através de um questionário estruturado. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Júlio Muller da Universidade Federal de Mato Grosso, CAEE 40583220.7.0000.5165. Resultados: Participaram do estudo 339 usuários, a maioria do sexo feminino (70,79%), da cor parda (56,04%) e com média de idade de 39,92 anos. Um total de 92 (27,14%) entrevistados informaram diagnóstico de COVID. Os medicamentos mais consumidos para o tratamento da COVID-19 foram a azitromicina (21,86%), dipirona (19,02%), ivermectina (14,17%), prednisona/dexametasona (12,55%), omeprazol/pantoprazol/esomeprazol (7,69%), paracetamol (6,47%), ibuprofeno (5,66%) e cloroquina/hidroxicloroquina (5,26%). Conclusão: Os medicamentos mais consumidos foram aqueles da classe dos antibióticos, analgésicos e anti-parasitários. Esses dados podem contribuir para adoção de estratégias que busquem a promoção do uso racional de medicamentos no contexto da pandemia. Deve-se atentar sobretudo, para a prescrição consciente de antibióticos, devido ao alto risco de desenvolvimento de resistência antimicrobiana na população.