Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERIZAÇÃO DA DOR EM PACIENTES COM FERIDAS CRÔNICAS EM CLÍNICA DO CENTRO-OESTE BRASILEIRO
Relatoria:
Ana Maria Cardoso Rodrigues
Autores:
- Vanessa Cindy Neres Lima
- Emilson Martins de Oliveira Segundo
- Hélio Galdino Júnior
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Factualmente, as feridas crônicas têm sido associadas à dor excruciante, em especial aquelas com etiologia venosa. A dor é caracterizada como um sintoma extremamente relevante, visto que esta pode causar impactos fisiológicos, psicossociais e no bem-estar. Embora o êxito em reduzir a dor persistente das feridas crônicas tenha potencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, tendo em vista que a dor crônica pode aumentar os níveis de estresse e, consequentemente, retardar o processo de cura. Objetivos: Caracterizar a dor em feridas crônicas relatada por seus portadores, com ênfase a dor durante a troca de curativo. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo. O estudo foi realizado em um centro especializado no tratamento de feridas de cunho privado, que realiza atendimento a pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no período de 14 de setembro a 22 de outubro de 2020. A amostra foi composta por 32 pacientes portadores de feridas crônicas. Foram incluídos indivíduos maiores de 18 anos, portadores de feridas crônicas, com duração mínima de 8 semanas. O nível de dor vivenciada pelos pacientes foi avaliado por meio de questionário, contendo perguntas acerca do nível de dor em diversos momentos da vida cotidiana destes, onde a dor era sentida, quais fatores aumentavam a dor e se havia dor durante a troca de curativos. Resultados: Com relação à percepção de dor dos pacientes verifica-se que a maioria relata sentir dor na ferida, principalmente ao movimentar-se, com maior percepção na região da própria ferida, com agravo no período noturno e relatando melhora ao uso de medicação analgésica. Além disso, mais da metade dos entrevistados (56,3%) alegaram não sentir dor considerável durante a troca de curativo. Todavia, daqueles que relataram sentir dor, confirmou-se que esta era sentida na própria ferida, com acentuação no momento de retirada do curativo. Conclusão: Observa-se que a dor vivenciada por pacientes portadores de feridas crônicas é algo recorrente e pode ser agravado durante a retirada do curativo. Com isso, existe a necessidade de formulação de mais estudos e ferramentas que visem reduzir o nível de dor e aumentar o conforto do paciente durante esse procedimento.