Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO MANEJO INICIAL DA SEPSE NA EMERGÊNCIA
Relatoria:
Nayara Kalila dos Santos Bezerra
Autores:
- Gleidilene Freitas da Silva
- Jadila Tainá Santos de Oliveira
- Raquel Voges Caldart
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Monografia
Resumo:
Introdução: A sepse é considerada um problema de saúde pública, pois acomete anualmente cerca de 30 milhões de pessoas em todo mundo. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos enfermeiros atuantes no setor de emergência de um hospital de referência de Roraima frente à identificação e tratamento inicial da sepse. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta por enfermeiros da unidade de emergência que atuam na assistência direta ao paciente. A coleta de dados se deu por meio a aplicação de um formulário online elaborado a partir do Google Forms. Os dados foram tabulados em planilha do programa Microsoft Excel® com auxílio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 20.0. A análise dos dados foi realizada de acordo com o novo consenso Sepse-3 de 2016 e na atualização da Surviving Sepsis Campaign de 2018. Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer nº 3.921.354. Resultados: Participaram do estudo 25 enfermeiros, destes 64,0% (n=16) eram do sexo feminino e possuíam a média de idade de 37,8 anos (±6,3). 76,0% (n=19) dos participantes não receberam treinamento sobre sepse e não tinham conhecimento da existência de protocolos de sepse na instituição. As questões “definição atual de sepse” e “sinais clínicos de sepse” apresentaram o percentual de erro (68,0%). Em relação ao Sequential Organ Failure Assessment Score e seus componentes, 76,0% (n=19) afirmaram não conhecer esse instrumento. Sobre o manejo inicial após identificar sinais e sintoma de sepse, a questão “tempo ideal para administrar a primeira dose do antibiótico” e “iniciar antibiótico de amplo espectro” foram respondidos corretamente por (88,0%; n=22) e (80,0%; n=20) dos enfermeiros, respectivamente. Quanto às outras medidas “medir o nível de lactato e medir novamente se o valor inicial estiver elevado (> 2 mmol/L)” foi assinalada corretamente por apenas 16,0% (n=4), “reposição volêmica agressiva e precoce em pacientes com hipoperfusão ou lactato (>= 4 mmol/L)”, por 28,0% (n=7) e o “uso de vasopressores para manter a PAM <= 65 mmHg”, por apenas 12,0% (n=3). Conclusão: Assim, o estudo evidenciou que há lacunas no conhecimento dos enfermeiros da emergência sobre identificação e tratamento precoce da sepse, justificando a necessidade de capacitações e protocolos clínicos sobre o tema.