Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
A PERCEPÇÃO DAS MULHERES NO PUERPÉRIO TARDIO ASSISTIDAS PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Relatoria:
ASTRILDE FRANÇA DA SILVA
Autores:
- Ingredy Carolline de Jesus Santos
- Ariela Mota Ferreira
- Juliana Najara Alcantara Ferraz
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Resumo: A violência obstétrica é marcada por práticas erronias que levam a um transtorno no processo de parturição na vida da mulher. Objetivo: Compreender a percepção das mulheres no puerpério tardio acompanhadas por uma Unidade Básica de Saúde quanto a violência obstétrica. Métodos: Estudo qualitativo, exploratório e descritivo realizado com mulheres em puerpério tardio assistidas por uma Unidade Básica de Saúde, no Norte de Minas Gerais. Os dados foram colhidos em abril de 2021 por meio de uma entrevista semiestruturada aplicada no domicílio da puérpera que foi escolhida aleatoriamente, conforme agendamento prévio. Estas foram codificadas por pseudônimos referentes às espécies de flores. Coletou-se informações complementares sobre o perfil socioeconômico das mulheres. A entrevista foi audiogravada, transcrita na íntegra, codificada e a interpretação dos dados deu-se através da análise de conteúdo. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos sob parecer 4.564.038. Resultados: Participaram deste estudo 10 puérperas. A maioria das entrevistadas são casadas, com ensino médio completo, idade entre 21 a 37 anos e com renda per capta mensal de até um salário mínimo. Este estudo identificou três categorias, sendo: (1) Expectativa e experiência gestacional; (2) O processo do parto e parturição: plano de parto, acompanhante, acolhimento e escolha do profissional médico; (3) O puerpério e a violência obstétrica. Todas as entrevistadas relataram uma gravidez tranquila, a maioria das puérperas não havia escolhido o tipo de parto, relataram a ausência de acompanhante no pós-parto imediato devido a pandemia e não puderam escolher o profissional médico para realizar o parto. A maioria das puérperas enfatizaram não conhecer ou mesmo ouvir falar sobre a violência obstétrica e como ocorre. Considerações Finais: A falta de conhecimento sobre a violência obstétrica permitiu às puérperas questionar sobre o acolhimento e as condutas dos profissionais de saúde destinadas a elas.