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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
TUBERCULOSE LATENTE NA POPULAÇÃO CARCERÁRIA: A (IN)VISIBILIDADE DO ADOECIMENTO NO SISTEMA PRISIONAL
Relatoria:
Lucas Lima dos Santos
Autores:
  • Ana Flávia Dias
  • Ana Carolina Scarpel Moncaio
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade dispõe da integralidade das ações de promoção, proteção, prevenção, assistência, recuperação e vigilância em saúde desses indivíduos e a questão penitenciária se constitui como um desafio aos gestores, ao sistema de justiça e à saúde. A tuberculose se torna mais clara quando correlacionada a pobreza e misérias humanas, e notoriamente, no ambiente prisional, no qual os surtos de tuberculose são perceptíveis, devido às condições precárias ambientais e individuais, onde no Brasil a incidência é 28 vezes maior que na população em geral, destacando a doença como uma ameaça à saúde pública e dos prisioneiros, os quais vivenciam situações degradantes dentro dos presídios brasileiros expostos a inúmeros riscos de saúde, sendo estes um potencial reservatório para o bacilo da tuberculose. Dessa forma, objetiva-se discorrer sobre a tuberculose latente dentro do ambiente carcerário. No que concerne à metodologia, trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, com o processo de busca de artigos na base de dados LILACS, utilizando os descritores nos idiomas inglês e português “Latente", “Tuberculose” e “Prisioneiros”, totalizando oito artigos que após leitura prévia e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, resultaram em três artigos. Foi utilizada a base de dados MEDLINE/PubMed a qual gerou 37 artigos, que após a aplicação dos critérios foram selecionados dois artigos. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra, dos últimos cinco anos, publicados em português, no contexto brasileiro e que abarcavam o objetivo supracitado, e excluídas as publicações secundárias. Diante do exposto, os resultados evidenciam inúmeros riscos associados à tuberculose entre detentos, como: uso de drogas ilícitas injetáveis, compartilhamento de cela, ausência de janelas nas celas e má ventilação, indivíduos infectados pelo vírus HIV, rotatividade de presos entre unidades prisionais, pobreza, desnutrição, condições precárias do serviço de saúde nos presídios, falta de higiene e doenças associadas. A detecção do bacilo nessas condições à população é um passo para o adoecimento. Conclui-se então a necessidade da implementação de medidas de detecção e busca ativa de casos, realização de atividades educativas, incentivo das políticas de ações de combate à tuberculose, programas de controle e instalações de serviços de saúde ocupacional, visando a saúde integral dessa população.