O Transtorno do Espectro Autista (TEA), pode ocasionar um nível elevado de estresse em pais/mães, devido à pessoa apresentar desde cedo desordens de desenvolvimento, que a torna dependente de cuidados mais acurados e, com isso, a família apresenta-se vulnerável a momentos de tensão e a agentes exaustores, podendo desenvolver quadros de ansiedade, depressão e, consequentemente, déficit na sua qualidade de vida. O objetivo deste trabalho é discutir sobre o entendimento de pais/mães de pessoas com TEA acerca da desordem, o recebimento de formação/capacitação para o cuidado e a existência de acompanhamento em saúde mental. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizada com 31 pais/cuidadores de crianças com TEA, em Caxias-MA. A coleta de dados ocorreu por meio de uma entrevista estruturada, no período de março a maio de 2019. Os dados foram analisados de acordo com a análise de conteúdo proposta por Bardin, utilizando a análise temática. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética com parecer número 2.511.117. Quanto aos resultados, averiguou-se que a maioria dos participantes é do sexo feminino, na faixa etária de 26 a 39 anos de idade e casado(a) ou estão em união estável. Organizaram-se três categorias, às quais: Entendimento de pais/mães acerca do TEA; Recebimento de Formação/Capacitação sobre como cuidar do(a) filho(a) com TEA; e ainda, Realização de acompanhamento em Saúde Mental. Constatou-se que os pais/mães compreendem o TEA a partir dos déficits na socialização e interação social que os(as) filhos(as) apresentam, poucos receberam algum tipo de formação/capacitação para aprenderem a lidar melhor com os(as) filhos(as) e suas particularidades e que a maioria não recebe nenhum tipo de acompanhamento em saúde mental, embora refira a necessidade.