A HAS é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, as quais são a maior causa de morte no mundo, por isso as formas como os serviços de saúde se organizam para atender os hipertensos é fundamental para a efetividade. A atenção básica tem o papel de fazer a educação em saúde afim de aumentar a adesão ao tratamento anti-hipertensivo medicamentoso e não medicamentoso e, com isso diminuir o risco para doenças cardiovasculares. O objetivo foi caracterizar o perfil de atendimento dos hipertensos na atenção básica. O delineamento deste estudo foi descritivo e transversal. Foram coletadas informações referentes ao atendimento recebido nas unidades básicas e sobre os fatores de risco cardiovascular. Foram realizadas análises descritivas e associações categóricas foram investigadas com o teste de Qui-Quadrado. Foram avaliados 100 hipertensos, dos quais 100% passavam por consulta médica, 35% em consulta de enfermagem e 8% em grupos educativos. A média da pressão arterial se mostrou elevada e os fatores de risco para doença cardiovascular muito prevalentes, inclusive a presença de doença cardiovascular prévia. Além de evidenciarem negligências nos encaminhamentos de consultas ao especialista, há uma carência no que diz respeito a investigação de LOA e DM nos hipertensos em seguimento na unidade básica. Assim, conclui-se que os serviços de saúde não estão qualificados para atender adequadamente os hipertensos.