Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
LESÃO POR PRESSÃO ASSOCIADA À POSIÇÃO PRONA EM PACIENTES COM COVID-19
Relatoria:
Bárbara Maria Santana Costa
Autores:
- Dayane Fernandes Franco
- Luana Beraldi da Silva
- Nathália Sampaio dos Santos
- Pahola Fonseca dos Santos
- Aline Cristina Araújo Alcântara Rocha
- Vânia Deluque Aguilar
- Solange da Silva Lima
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Dentre as terapêuticas propostas para o tratamento da Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA) causada pelo SARS-CoV-2, tem-se a posição prona. Estudada desde 1974, tem demonstrado efetividade na melhora da hipoxemia em 70% dos casos. Apesar dos benefícios, tem incidência de 50% do desenvolvimento de LPP. Objetivo: Identificar locais anatômicos com maior risco para LPP em pacientes pronados internados por Covid-19. Metodologia: Revisão narrativa no cenário global das publicações sobre o surgimento de LPP em pacientes acometidos por Covid-19 mantidos pronados. Realizou-se busca na Bibliotecas Virtual da Saúde e Scielo, replicada nas demais bases de dados, utilizando os Descritores em Ciência da Saúde: Lesão por Pressão, Decúbito Ventral, Infecções por Coronavirus e Pressure Ulcer, Prone Position, Coronavirus Infections, aplicando o operador boleano “AND”. Resultados: A pronação causa pressão nos músculos orbicular e frontal, queixo, úmero, tórax, joelhos e pelve, podendo desencadear LPP. A literatura sinaliza que para a eficácia da conduta, em pacientes com Covid-19, a pronação deve ser mantida por período de 12 a 16 horas contínuas. Cuidados de enfermagem podem ser implementados para prevenção de LPP no paciente pronado, tais como: aplicar espuma de silicone nos pontos de pressão (ombros, seios, genitália, região patelar e pré-tibial); alternar posição dos membros superiores entre contíguo ao tórax e nadador; posicionar eletrodos nas costas; Intercalar posição da cabeça entre esquerdo e direito a cada duas horas; proteger e realizar descarga de pressão; utilizar selantes faciais ou protetor de pele líquido; interromper dieta enteral 1h antes de retornar para posição supina; aplicar hidrofibra ou alginato de cálcio para manutenção do excesso de umidade; garantir proteção da pele com espumas de todos os tubos e dispositivos; assegurar que não tenha dispositivos abaixo das pernas; evitar excesso de pensos para reduzir pressão local; avaliar presença de lesões na língua e utilizar borracha de silicone pequena. Conclusão: A pronação tem sido considerada ferramenta eficiente em pacientes graves com Covid-19 contribuindo na melhora das trocas gasosas. Porém, uma das complicações é o desenvolvimento da LPP. Todavia, é imprescindível que os profissionais de enfermagem busquem minimizá-la, implementando cuidados de enfermagem como as identificadas neste estudo.