Introdução: O desafio de prevenir danos aos usuários dos serviços de saúde e prejuízos associados aos cuidados decorrentes de processos ou das estruturas da assistência é cada vez maior, portanto, são necessários protocolos específicos, estratégias de monitoramento, intervenções de melhoria e capacitação da equipe multiprofissional para prevenção e redução das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde - IRAS. As IRAS consistem em eventos adversos com impacto significativo na morbidade e mortalidade. Sabe-se que elevam consideravelmente o tempo de internação e consequentemente os custos da assistência. Objetivo: Relatar a experiência da implementação de um projeto de intervenção e melhoraria contínua, para controle e redução das taxas de incidência de IRAS, nas unidades de terapia intensiva do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Método: Estudo descritivo, tipo relato de experiência. Resultados: O projeto, uma iniciativa da Divisão de Enfermagem, teve seu escopo, objetivos e estratégias definidas em reuniões entre a gestão, equipe de implementação e os coordenadores das unidades. Os profissionais envolvidos na capacitação, incluíam a equipe de enfermagem e a equipe médica. Os temas foram desenvolvidos com base nos resultados dos indicadores relacionados às IRAS, nos quais abordaram os Bundles de manutenção e inserção do cateter venoso central. O ambiente utilizado foi o próprio cenário da Terapia Intensiva, in loco, dentro do horário de serviço, incluindo a equipe diurna e noturna, em quatro horários distintos, de modo a facilitar a adesão, envolvendo uma abordagem teórico-prática. Em meio às auditorias, observou-se o aumento da adesão das equipes relacionas às boas práticas do cateter venoso central. Iniciou-se em Junho de 2021 e, dentro de 60 dias, foram capacitados 465 profissionais da equipe de enfermagem e 43 profissionais da equipe médica. Conclusão: O projeto, embora em fase inicial, tem potencial para alcance dos resultados, tendo em vista a boa adesão e receptividade das intervenções por parte das equipes. Também corrobora com as auditorias da assistência em saúde, realizadas à beira-leito.