Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
BURNOUT EM ENFERMEIROS RESIDENTES DE UNIDADES DE ATENDIMENTO AO COVID-19 EM HOSPITAL DE ENSINO
Relatoria:
Raphael Lopes Valério
Autores:
- Elias Barbosa de Oliveira
- Maria Yvone Chaves Mauro
- Lucas Barbosa Santos Dias
- Gilvana Jéssica de Oliveira Higa
- Raquel Santos de Freitas
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
ÉTICA, LEGISLAÇÃO E TRABALHO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde caracterizou como estado de pandemia a doença causada pelo Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-Cov-2) ou Covid-19. Essa situação levou os serviços de saúde a um novo cenário de ações em saúde e segurança voltada aos diversos profissionais envolvidos na assistência à saúde. A equipe de enfermagem é essencial para o funcionamento eficaz do sistema de saúde, de modo que recursos devem ser mobilizados para promoção da saúde mental. O estudo se justifica por ratificar o papel das instituições de ensino e saúde na prevenção do estresse psicossocial e acolhimento dos residentes de enfermagem, contribuindo para o processo de formação, promoção da saúde e qualidade de vida. Objetivos: analisar a ocorrência de burnout em enfermeiros residentes de unidades Covid-19 e analisar as dimensões envolvidas. Metodologia: quantitativo, descritivo do tipo transversal com uma amostra de 40 enfermeiros residentes de um hospital universitário público situado no município do Rio de Janeiro. Estudo aprovado por comitê de ética, sendo a coleta de dados realizada de outubro a dezembro de 2020 mediante dois instrumentos autoaplicáveis, em um primeiro momento utilizou o questionário de caracterização sociodemográfica e profissional e em segundo momento um inventário investigativo específico: Maslach Burnout Inventory– Human Services Survey (MBI-HSS), o referido inventário é validado internacionalmente e traduzido para o português. Resultados: prevaleceram residentes do sexo feminino, casados e maiores de 25 anos. Verificou-se que 12,5% da amostra preencheram os critérios para burnout e com risco de desenvolvimento da síndrome devido a altos escores em exaustão emocional (55%), médios em despersonalização (47,5%) e baixa realização profissional (20%). Conclusão: a pandemia aumentou os estressores e os riscos de burnout na amostra. Há necessidade de suporte social e técnico por parte das instituições formadoras que minimizem o adoecimento.