Introdução: Em janeiro de 2021 iniciou no Brasil a Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19, coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações. O plano de operacionalização da campanha institui a possibilidade de recrutamento de estudantes da saúde como participantes da execução da vacinação, assim como orientações de comunicação para combate às desinformações relacionadas às vacinas. Nesse contexto, os discentes podem ter um papel de multiplicadores de conhecimento ao conduzir a população a informações adequadas, contribuindo para que se obtenha a cobertura vacinal necessária para o controle da pandemia. Objetivos: Reconhecer o protagonismo discente no combate à dissipação de fake news sobre a vacinação contra a Covid-19 e compreender o motivo da desinformação da população. Metodologia: A experiência e o contato com a população ocorreram no período de Fevereiro a Julho de 2021. Foram realizadas discussões entre os profissionais de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Porto Alegre e os acadêmicos sobre as dúvidas e desconfianças apresentadas pela população e suas prováveis origens. Resultados: Os acadêmicos, muitos voluntários, depararam-se com situações de fake news e receios da população. As principais dúvidas foram quanto ao processo de fabricação e composição das vacinas, receios sobre a eficácia de alguns laboratórios e também sobre os possíveis eventos adversos. Este fator dificulta a adesão popular à campanha, pois muitos são coagidos pelos familiares, não retornam para a segunda dose ou banalizam a importância da vacinação. Conclusões: Conclui-se que a desinformação e as fake news, originadas pela falta de uma campanha plena de difusão de informações são o principal fator para a desinformação em massa, tendo impacto direto na adesão comunitária à vacinação. Isto exige dos alunos preparo científico e disposição para ações de educação em saúde. Portanto, como vacinadores, os alunos têm o papel educador de esclarecer dúvidas que chegam e combater a desinformação.