Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA DE USUÁRIOS COM CÂNCER DE MAMA NO ESTADO DO PARÁ.
Relatoria:
Wanne Letícia Santos Freitas
Autores:
- Pedro Vitor Rocha Vila Nova
- Amanda Loyse da Costa Miranda
- Iaron Leal Seabra
- Nilton Lucas Telis de sousa
- Cleyslla Conde Botelho
- Sara Melissa Lago Sousa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O câncer é um dos principais problema de saúde pública, sendo a segunda maior causa de morte em mulheres no estado do Pará no período de 2010 a 2020. OBJETIVO: Analisar o perfil clínico e epidemiológico de usuários registrado com neoplasia de mama no estado do Pará, no período de 2007 a 2017. METODOS: Estudo epidemiológico, observacional e transversal realizado com usuários registrados de câncer de mama-CID 50, de 2007 a 2017, no estado do Pará. Foram utilizados dados do Sistema de informação de registro hospitalares-RHC/INCA que inclui características clínicas, sociodemográficas e de tratamento. Os dados coletados foram armazenados em Microsoft Excel® e para análise e estudo sobre a variáveis utilizou-se o programa Epi info 7.0 para descrição estatística. RESULTADOS: Fizeram parte do estudo 5766 usuários, sendo 98,7 mulheres e apenas 1,3% homens, predominantemente pardos 39,4%, casados 44,1%, de baixa escolaridade 39%, entre 47-53anos 20,7%. Quando avaliado aos fatores de risco, a maioria possuía histórico de câncer na família 22%, eram consumidores de tabaco21%, mas nunca consumiram bebida alcoólica 21%. Quanto a característica do tumor, estadiamento II 44% e III 19%, em sua maioria eram neoplasia maligna da mama, não especificada com 47,7%, lesão invasiva 20,7%, do quadrante superior externo da mama 14%; a base diagnostica mais comum foi anatomia patológica 48,3% e o marcadores tumorais 8%. O tratamento o mais frequente foi a associação da cirurgia, quimioterapia e radioterapia 15%, somente quimioterapia 14% e somente radioterapia 10%. Após o final do tratamento o estágio da doença era estável 55,17% e remissão parcial 6,69%. CONCLUSÃO: Dentre as mulheres pesquisadas, a maioria apresentou perfil semelhante ao descrito na literatura existente, como idade, localização e estadiamento do tumor. Dificuldade em fazer os exames, alto custos e as longas filas para serem realizados dificultam o diagnóstico da doença, e os municípios afastados das capitais sentem mais essa fragilidade. Em relação ao tratamento o mais utilizado é a mastectomia associada a radioterapia/quimioterapia interferem na autoimagem das pacientes, perda da mama, queda dos cabelos e a incerteza do sucesso do tratamento abalam diretamente o estado físico e emocional. Ademais, o preenchimento correto e atualização das informações no RHC poderiam ter sido utilizados para melhor delineamento do perfil dessas mulheres.