Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
IMPLANTAÇÃO DA TÉCNICA DE RECUPERAÇÃO INTRAOPERATÓRIA DE SANGUE EM SERVIÇO PÚBLICO DE ATENDIMENTO AO TRAUMA
Relatoria:
VELMA DIAS DO NASCIMENTO
Autores:
- Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu
- Marcelo Moreira Corgozinho
- Márcia Maria Bruno de Araújo
- Franklin José Cândido dos Santos
- Luciana Maria de Barros Carlos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Recuperação Intraoperatória de Sangue, mais conhecida como cell saver, pode ser implementada em diversos procedimentos cirúrgicos eletivos e de urgência, reduzindo a necessidade de transfusão de sangue alogênica. A utilização dessa técnica em cirurgias de grande porte, vem favorecer a transfusão de hemácias de forma imediata, através do reaproveitamento de sangue no campo operatório e reinfusão no paciente. Objetivo: relatar a vivência de uma equipe interdisciplinar na implantação da técnica de Recuperação Intraoperatória de Sangue em um serviço público de atendimento ao trauma. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que contou com o envolvimento da equipe cirúrgica, anestesiologistas, membros do Comitê Transfusional Hospitalar, Serviço Transfusional, e equipe de enfermeiros do Instituto Dr. José Frota, Fortaleza – Ceará, Brasil. Resultados: a implantação da Técnica de Recuperação Intraoperatória de Sangue no hospital do trauma ocorreu no decorrer do segundo semestre de 2015, e esta vivência profissional permitiu listar as atividades relacionadas à implantação, como disponibilização do equipamento específico, materiais e profissional capacitado – no ano de 2019 o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará disponibilizou o segundo equipamento para uso no cenário emergencial; realização de aulas e palestras direcionadas ao corpo clínico e residentes de anestesiologia – equipe capacitada em Patient Blood Managemen; identificação das cirurgias com benefício potencial; abordagem direta da enfermagem aos cirurgiões no centro cirúrgico; divulgação sistemática da disponibilidade da técnica e dos resultados obtidos na instituição, com o apoio da chefia cirúrgica – pela campanha “Transfusão Eu Levo a Sério”; criação de estratégias de comunicação na interface entre enfermeiros, cirurgiões e anestesiologistas; e ampliação da equipe de enfermeiros para o atendimento 24 horas, que melhorou a gestão do cuidado e o gerenciamento do paciente na segurança transfusional. Conclusão: a implantação da técnica no hospital de trauma permitiu a identificação dos critérios para sua utilização e a ampliação de forma sistemática da disponibilização da estratégia de conservação de sangue para todos os procedimentos com benefício potencial. Contudo, representou uma oportunidade para mudança da prática institucional relacionada à transfusão, que permitiu o aproveitamento do sangue autólogo.