Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
REALOCAÇÃO DE UNIDADE HOSPITALAR DURANTE A PANDEMIA COVID-19: COMO PENSAR O GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM?
Relatoria:
Kelly Cristine Oliveira
Autores:
- Bruna Fatima Sczepanhak
- Vitória Thomé
- Fabieli Borges
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A pandemia gerou uma necessidade de mudança para todos os serviços de saúde. A superlotação hospitalar foi pauta em detrimento às características clínicas dos pacientes gravemente acometidos pela COVID-19, que necessitaram de um leito em unidades de terapia intensiva (UTI). Essa urgência por prover capacidade instalada implicou em manejo interno das unidades de enfermaria como uma estratégia da gestão. OBJETIVO: Relatar a experiência das acadêmicas sobre a realocação de uma unidade hospitalar como enfrentamento a pandemia da COVID-19. METODOLOGIA: Relato de experiência de acadêmicas de enfermagem durante Aulas Práticas Supervisionadas oriundo da disciplina de Gerenciamento em Enfermagem em um hospital universitário do Paraná, datado de 17 de março a 14 de abril de 2021. RESULTADOS: Durante as atividades realizadas, estas majoritariamente de cunho gerencial do enfermeiro, as acadêmicas vivenciaram e participaram da realocação da maternidade para outro espaço físico. Foi realizada a troca de espaço com uma das UTI de tratamento da COVID-19 da instituição, pois essa se encontrava em um local onde ocorria grande fluxo de profissionais e pacientes e, com essa tomada de decisão, buscou-se atender as normas de biossegurança, com minimização de risco de infecção cruzada bem a organização do fluxo interno. Com o perfil de cuidado que demanda a COVID-19, foi necessário rever a capacidade instalada, manejo dos pacientes e equipamentos necessários. As fragilidades identificadas neste processo estiveram relacionadas a comunicação prejudicada entre a equipe. Essa situação, ocasionou transtorno no processo de trabalho, pois a assistência aos pacientes, e participação na realocação da unidade hospitalar a qual foram transferidos tiveram que acontecer concomitamente. Uma decisão tomada de forma rápida e sem comunicação assertiva leva a um planejamento inexistente ou ineficaz, que, por sua vez, pode gerar conflito na equipe e incorrer a riscos ao paciente. CONCLUSÃO: Competências relacionadas a tomada de decisão, comunicação bem como o planejamento foram percebidas como essenciais para assistência e organização do trabalho nos serviços de saúde, sobretudo na liderança pelo enfermeiro como coordenador nessas situações. Pensar de forma rápida em tempo real como resposta aos acontecimentos, tal como vem sendo na pandemia, é sempre desafiador, porém construtivo, para a enfermagem.