A Síndrome de Burnout, também denominada como Síndrome do Esgotamento Profissional, é caracterizada como um distúrbio psíquico que está associado a diversos fatores causais, cuja motivação principal é consequência de uma rotina exasperante no ambiente de trabalho. Tem-se apontado que a classe da Enfermagem é uma das mais afetadas por esta síndrome. Acresça-se a isso um novo contexto histórico de crise sanitária, tal cenário detém exclusiva atenção mundial voltada para uma nova emergência de saúde pública: o novo coronavírus, que gerou um pânico generalizado sobre a sociedade mundial, acarretando em malefícios ao psicológico dos profissionais da saúde. O presente estudo teve como objetivo identificar os fatores que podem ocasionar a Síndrome de Burnout em profissionais da enfermagem diante do enfrentamento de uma crise biológica, evidenciada pelo cenário da pandemia do SARS-CoV-2 através de busca-ativa em literaturas científica, utilizou-se o método de revisão integrativa por meio da busca em três bases de dados: MEDLINE, BDENF e LILACS, realizada a partir do cruzamento dos descritores controlados “Enfermagem” e “Esgotamento Profissional”; “Enfermagem” e "Coronavírus" e “Esgotamento profissional” e “Coronavírus” foram selecionados os artigos para amostra final, sendo estes dois artigos da MEDLINE, quatro artigos da BDENF e quatros artigos da LILACS, resultando em 10 artigos para amostra. Constatou-se que destacam-se entre os fatores que predispõe à síndrome de Burnout em profissionais da enfermagem o ambiente precário em que se está inserido ao qual dificulta a assistência prestada em razão da falta de recursos e estrutura para atendimento a pacientes infectados pelo SARS-CoV-2, as longas jornadas de trabalho motivadas pelos baixos salários e aumento da demanda hospitalar. Ademais, em razão do contato direto com os pacientes com COVID-19, há mais suscetibilidade de desenvolvimento da síndrome, visto que torna o ambiente hospitalar um local de amedrontamento aos profissionais que temem pela própria contaminação, a desvalorização desses profissionais que estão na “linha de frente” e, necessitam buscar a efetivação de sua autonomia no ambiente trabalhista contribui para o sofrimento psicológico destes. Conclui-se então que é necessário o preparo da equipe e um ambiente laboral de qualidade, além de acompanhamento psicológico disponibilizado pela própria gestão. Bem como uma maior valorização dos profissionais para evitar a exaustão por sobrecarga.