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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
LIMITES DE INTERVENÇÕES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: Um olhar da equipe de enfermagem
Relatoria:
Jonathan Lima Borges
Autores:
  • Fernanda Hortência da Silva Tavares
  • Júlio César Batista Santana
  • Marina Silva Corgosinho
  • Rhaime de Fátima Ferreira Alves
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Os avanços técnicos científicos permitiram a ampliação do conhecimento a respeito do funcionamento do corpo humano, que cada vez mais é empregado na conservação e prolongamento da vida com o emprego de diversos recursos terapêuticos na assistência ao paciente crítico, no entanto não houve uma reflexão dessa nova realidade da qualidade de vida dos indivíduos e a finitude humana. Este estudo tem como objetivo em compreender como a equipe de enfermagem percebe os limites de intervenções na Terapia Intensiva aos pacientes sem perspectiva de vida. Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, descritivo e exploratório. Para a coleta de dados foi utilizado a técnica de Snowball, onde os participantes iniciais do estudo indicam novos participantes que por sua vez indicam outros colaboradores e assim sucessivamente. As entrevistas foram realizadas entre os meses de maio a julho de 2020 com a participação de 04 Enfermeiros e 03 Técnicos de Enfermagem, através de uma entrevista semi estruturada, que foram discutidas pela análise de conteúdo proposta por Bardin. O estudo está em consonância com as diretrizes das pesquisas envolvendo seres humanos e foi aprovado pelo CEP da PUC/Minas pelo parecer CAAE: 42261021.3.00005137. Os resultam revelam que há uma certa relutância em se tratando do lado humanista presenciar o paciente crítico no leito e não saber como o mesmo se sente por diversos fatores, por exemplo: as limitações da comunicação e a dificuldade em saber o real sentimento do paciente. A equipe quer que paciente saia do quadro em que se encontra, e tentam realizar tudo o que está dentro e fora do alcance, para haja uma reversão do quadro, mas concomitante existem as dúvidas e inquietações perante o prolongamento da vida de um paciente sem perspectiva de cura. Conclui-se que os profissionais de enfermagem enfrentam dilemas éticos diante dos limites entre a vida e a morte na Terapia Intensiva. Não se pode ter essa resposta sem avaliar todo o contexto de saúde, que é único para cada paciente, considerando todo o quadro clínico, histórico de vida e saúde pregressa. Há de considerar ainda as perspectivas da qualidade de vida de cada paciente. É importante considerar que para responder esse questionamento sobre “até onde ir?” não se deve avaliar apenas o olhar de um profissional, mas a equipe deve estar engajada nas decisões que serão melhores para o paciente ou se estão gerando reais chances de cura ou apenas postergando a dor e o sofrimento.