Introdução: Conhecer o perfil das puérperas é essencial para que os profissionais envolvidos na assistência possam prestar um atendimento humanizado, focado nas necessidades de cada mulher. Identificar precocemente fatores de risco gestacional contribui para a redução da morbimortalidade materno-infantil. Objetivo: Objetivou-se caracterizar o perfil sociodemográfico e obstétrico de puérperas atendidas em uma maternidade de referência no Sudoeste maranhense. Métodologia: Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado no Alojamento Conjunto do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz-MA, no período de janeiro a março de 2020, com 300 puérperas que estavam no pós-parto imediato. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas seguindo formulário estruturado com perguntas fechadas, e analisados considerando as frequências absolutas e relativas das variáveis categóricas. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão sob o parecer 3.450.563. Resultados: A faixa etária de 87,0% variou de 18 e 30 anos; era casada ou em união estável 61,0% delas; a escolaridade de 72,6% era o Ensino Médio; e 67,0% com renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos; eram donas de casa 76,0%; tinham 2 filhos 42,7%. Quanto ao perfil obstétrico 99,7%fizeram pré-natal; fizeram seis ou mais consultas 65,4%; não receberam orientação sobre amamentação durante o pré-natal 50,7%; já amamentaram anteriormente 76,7%; praticaram aleitamento materno exclusivo até seis meses anteriormente 25,0%. As principais dificuldades apontadas para a prática da amamentação foi queixa de pouco leite entre 22,0% e fissura no mamilo entre 15,4%. Conclusão: As informações sobre o perfil das puérperas contribuem para o aprimoramento e direcionamento de ações de atenção à saúde da mulher e da criança, atendendo as recomendações de humanização no serviço. Torna-se relevante que os profissionais de saúde sejam capacitados para prestar assistência de qualidade em todo ciclo gravídico e puerperal visando minimizar os fatores de risco que contribuem para o aumento da morbimortalidade materno-infantil.