Introdução: Estudos prévios evidenciam que, gestantes acometidas pela infecção do coronavírus associadas a alguma comorbidade, estão sujeitas a evoluírem para quadro mais grave da doença, com maior probabilidade de parto cesariano de emergência, risco de prematuridade, morte materna e neonatal. Objetivo: Relatar os desafios encontrados pelo enfermeiro de uma unidade obstétrica no processo parturitivo em mulheres acometidas pela infecção do coronavírus. Método: Trata-se de um estudo descrito, do tipo relato de experiência realizado nos meses de março de 2020 a junho de 2021 em atendimento obstétrico de um hospital universitário do estado de Santa Catarina. Resultados: Na assistência ao trabalho de parto e parto em mulheres acometidas pela infecção do coronavírus, nos deparamos com uma singularidade de desafios, visto as restrições exigidas diante ao risco de contaminação e, as incertezas que permeiam ao impacto da doença específico a esse grupo. Considerando o presente cenário, suas repercussões perpassam os diferentes aspectos do cuidado a parturiente, estão ligados tanto em estabelecer vinculo e relações entre a trinômia mãe; recém-nascido; família e a equipe de enfermagem, quanto a implementação das boas práticas no atendimento ao parto, como a oferta de métodos não farmacológicos para alivio da dor, a liberdade de posição, o contanto pele a pele e o apoio a amamentação. Sendo aspectos utilizados no intuito à garantir a gestante o direito de parir de forma humanizada. Conclusão: Percebe-se a necessidade de uma reflexão a respeito dos impactos da pandemia do covid-19 na assistência de enfermagem no processo parturitivo, podendo nortear novos estudos e provendo estratégias de modo a garantir as gestantes a vivência do trabalho de parto em sua plenitude.