Introdução: A demanda relativa à saúde do homem vem se sobressaindo atualmente. Estratégias vem sendo pensadas a fim de inserir esta população nas ações de saúde, como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, a qual tem como foco homens entre 20 e 59 anos. Objetivo: Investigar, na literatura, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem na atenção básica. Metodologia: Estudo qualitativo, descritivo, do tipo revisão de literatura. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, no mês de junho de 2021, com os descritores: “Saúde do Homem”, “Atenção Básica” e “Política de Saúde”, combinados através do operador AND, resultando em 567 artigos. Foram eleitos artigos completos, nacionais, publicados entre os anos 2017 e 2021. Excluiu-se os duplicados, incompletos, resumos e que não contemplavam a temática. Após a aplicação dos critérios e leitura restaram 10 artigos para compor a amostra. Resultados: Ao longo do tempo o público masculino não foi amparado pelas políticas de saúde, caracterizando uma deficiência na qualidade do cuidado. A política supracitada foi instituída em 2009, para direcionar a formulação de estratégias de saúde utilizando os princípios da integralidade, humanização e equidade. Essa política encontra obstáculos relacionados a questões culturais, pois, os homens geralmente desvalorizam o autocuidado e o adoecimento. Além disso, prevalece a visão masculina, construída socioculturalmente, de que homens não necessitam cuidar da própria saúde, pois, eles se consideram invulneráveis às doenças, o que constitui um desafio para a enfermagem conseguir englobar essa população nas ações de saúde. Ademais, é uma política contemporânea, sendo assim, o grau de conhecimento dos profissionais ainda é escasso. Portanto, torna-se indispensável a capacitação e maior divulgação entre os profissionais para promover essa política de forma eficaz, na tentativa de modificação do paradigma atual. Conclusão: Revela-se a eminente necessidade de amplificar o debate acerca do homem e a busca pelos serviços ofertados na atenção primária. Deste modo, é necessário que o profissional se torne o mediador dessa relação, fazendo do cenário da atenção básica um lugar de prevenção e promoção à saúde do homem. Ademais, o profissional deve despertar na população masculina a ideia sobre a importância da busca pelo serviço de saúde, almejando o autocuidado.