Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHER ENCARCERADA NO PERÍODO GRAVÍDICO PUERPERAL
Relatoria:
Tânia Mara Freitas Sousa
Autores:
- Rayssa do Nascimento Sousa
- Jonas Pereira Soares
- Maria Claudiany de Sousa Oliveira
- Iarla Kayane Araújo Santos
- Jocyane Magalhães Silva
- Maria Madalena Gomes Pereira Maximo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A assistência à saúde encontra grandes desafios no âmbito do sistema prisional, e quando o cárcere e a gravidez coincidem a vulnerabilidade desse período se amplia, sendo necessário um olhar atento à saúde dessas mulheres. Objetivo: analisar os desafios da assistência de enfermagem à mulher encarcerada no período gravídico puerperal. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em julho de 2021. Guiada pela questão: “Quais os desafios da assistência de enfermagem à mulher encarcerada no período gravídico puerperal?”. De modo a responder ao questionamento, realizou-se busca na BDENF, CUMED, LILACS, MEDLINE, e SciELO, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde: Cuidado pré-natal, Trabalho de parto, Cuidado de enfermagem, Período Pós-Parto, e Prisões, e os termos alternativos correspondentes, associados aos operadores booleanos AND e OR. Inicialmente, obteve-se 58 resultados, após empregados os critérios pré estabelecidos: artigos completos e gratuitos, em português, inglês e espanhol, publicados entre 2011 e 2021, incluíram-se 21 artigos. Em seguida, após a leitura dos títulos e resumos foram excluídos 15 artigos, que estavam duplicados entre as bases de dados, pesquisas secundárias ou textos que não responderam ao problema de pesquisa. Obteve-se 6 artigos para a amostra. Resultados: através da análise dos artigos foram encontrados dois desafios principais: fragilidade na atenção à saúde, decorrente da inadequação da estrutura física, déficit de insumos básicos e de profissionais capacitados em possibilitar a assistência integral da saúde da mulher; e a qualidade da assistência de enfermagem, que se mostrou insatisfatória, com a falta de orientações de cuidados à saúde e prevenção de agravos durante o período gestacional. Conclusão: Destaca-se, a necessidade de efetividade nas políticas públicas em defesa das mulheres grávidas nas prisões, e a escassez de registros científicos de como é realizado o cuidado de enfermagem às mulheres no sistema penitenciário. Por fim, ressaltamos a importância da discussão desse tema durante a formação, para que os profissionais possam desenvolver um acolhimento humanizado, ético e livres de estigmas.