Introdução: A hanseníase é uma doença milenar, caracterizada como problema de saúde pública no Brasil. Objetivo: Descrever o perfil das produções científicas desenvolvidas disponíveis na literatura nacional sobre Representação Social da Qualidade de vida dos indivíduos portadores de hanseníase. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada em seis etapas: elaboração da pergunta norteadora; busca na literatura; coleta de dados; análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. Foram incluídas publicações dos portais virtuais da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que utilizaram a temática da Representação Social da qualidade de vida dos indivíduos portadores de hanseníase, no recorte temporal de 1994 a 2019. A busca foi feita a partir da combinação entre os descritores Hanseníase e Representação Social. Resultados: Foram encontrados um total de 7 estudos, sendo 6 teses e 1 artigo, um quantitativo que pode ser considerado baixo em termos de produção científica, ainda mais considerando um recorte temporal de 25 anos. Os estudos evidenciaram que as concepções sobre qualidade de vida são feitas a partir de conhecimento provenientes da sabedoria popular vinculadas às histórias socioculturais da doença e passagens na bíblia. Foram encontrados conteúdos com fatores fortemente negativos como a preocupação com a progressão da doença e possibilidade de sequelas, recidivas, preconceito e estética. Outros conteúdos enfatizam fatores positivos como o fato da doença ter cura. Conclusão: Os resultados evidenciam a forte influência da representação social da Hanseníase na qualidade de vida dos indivíduos portadores da doença. A compreensão por parte dos enfermeiros sobre os conteúdos das representações sociais poderá aperfeiçoar as ações profissionais, especialmente aquelas de caráter educativo, com maior pertinência à vida e às atividades diárias dos indivíduos portadores de hanseníase. Sugere-se, portanto, o desenvolvimento de novos estudos nesta temática, promovendo o entendimento das implicações sociais no processo saúde-doença e na reconfiguração das construções simbólicas no contexto da hanseníase.