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Resumo

Título:
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS RELATADOS POR TRABALHADORES RURAIS TABAGISTAS E NÃO TABAGISTAS EXPOSTOS A AGROQUÍMICOS
Relatoria:
Micheli Martendal Santos
Autores:
  • Vinicius Alves Ferreira
  • Ana Beatriz Vieira Ferreira
  • Laura Antônia de Arruda Medeiros Chieron
  • Denize Jussara Rupolo Dall Agnol
  • Daniela do Carmo Oliveira Mendes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Mato Grosso se destaca na comercialização de insumos agrícolas, em 2017 o estado comercializou mais de 100 toneladas destes produtos. O trabalhador rural está em contato frequente com agrotóxicos durante sua utilização e esses podem ser absorvidos, acarretando em sintomas como a diminuição das capacidades ventilatórias e assim da saúde pulmonar do indivíduo. Objetivo: Avaliar a prevalência de agravos respiratórios autorreferidos em trabalhadores rurais. Metodologia: Estudo descritivo exploratório de abordagem quantitativa, realizado com um grupo de 22 trabalhadores rurais de dois distritos de Tangará da Serra/MT, durante os meses de janeiro e fevereiro de 2020. Utilizando-se de formulário estruturado validado composto por questões sobre agravos respiratórios autorreferidos baseadas no questionário de sintomas respiratórios do Medical Research Council – Grã Bretanha 1976. Trata-se de um subprojeto de uma pesquisa matricial intitulada “Condições de vida e saúde da população e práticas de cuidado no médio norte Matogrossense”, o projeto matricial foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade do Estado de Mato Grosso, com parecer consubstanciado sob nº. 2.964.893, CAAE 97679118.5.0000.5166, de 16 de outubro de 2018. Resultados e Discussão: Para a análise dos dados os trabalhadores rurais foram divididos em G1 composto por 10 trabalhadores tabagistas/ex-tabagistas e G2 com 12 trabalhadores não tabagistas. O consumo do tabaco pode ser um grande contribuinte para o desenvolvimento de doenças respiratórias e quando associado ao manuseio concomitante de agrotóxicos pode levar a outros sintomas como nota-se no G1 e quando comparado ao G2 não são encontrados. O G1 relatou em sua maioria (60%) chiado peitoral, porém a maior parte registra também outros sintomas como tosse e escarro (30%) e a metade (50%) relatou ainda sofrer de dispneia. Já o segundo grupo, com 12 não tabagistas a maior parte dos sintomas frente a exposição aos insumos agrícolas é a dispneia (33,33%). O contato constante com os insumos agrícolas prejudica tanto o grupo tabagista como o grupo não tabagista, sendo a dispneia relatada como um sintoma em comum. Conclusão: O trabalhador rural devido a estar em contato com agrotóxicos durante sua rotina diária pode desenvolver doenças respiratórias como mostrado no estudo e o seu uso excessivo ou inadequado pode levar a patologias mais graves, como alterações celulares, causando impactos na saúde humana.