Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
ORIENTAÇÕES Á FAMILIARES CUIDADORES DA PESSOA IDOSA EM DIÁLISE PERITONEAL: RELATO DE UMA ENFERMEIRA
Relatoria:
Alessandra Araújo Santana
Autores:
- Raniele Araújo de Freitas
- July Santos Da Silva
- Aimée Rosa Paranhos Dias
- Syandra dos Santos Barbosa
- William Kennedy Nícolas Sobrinho Lira
- Jonathan dos Santos de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: As doenças crônicas acometem muitas pessoas idosas, dentre elas a Doença renal Crônica, que é a sindrômica irreversível perda da função renal de filtração glomerular. A dialise peritoneal é um dos tratamentos indicados, podendo ser realizada no domicílio com ajuda de familiares. Objetivo: Descrever a importância da orientação a familiares no cuidado domiciliar a pessoa idosa em dialise peritoneal. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma enfermeira sobre a importância das orientações a familiares cuidam de uma pessoa idosa com doença renal e seu tratamento, em julho de 2021. Resultados: Idoso, 66 anos, hipertenso, diabético tipo II, cardiopata (Fração de ejeção 25%), dislipidêmico, ex-tabagista e ex-etilista crônico. Evoluiu com perda da função renal, apresentando piora dos marcadores ao longo de anos e por isso, já possui uma fistula arteriovenosa confeccionada precocemente. Apresentou desorientação, prurido intenso devido a uremia e anasarca com descompensação da Insuficiência Cardíaca, foi pelo nefrologista que optou pela inserção de cateter de tenckhoff, visto que a função cardíaca não suportaria sessões de hemodiálise convencional. Após implantado o cateter, familiares foram treinados para a diálise peritoneal em domicílio, pela incapacidade do idoso em realizar sozinho. Familiares sentiam-se apreensivos com a situação e manejo da diálise prescrita, assim, uma enfermeira realizou orientações, com base na escuta, e reforçou as seguintes ações no domicilio: observação a responsividade diária do idoso; atenção aos sinais de dispneia, fraqueza e cianose; cuidados com a instalação das conexões para diálise (higienização das mãos, técnica asséptica, corrente de ar do cômodo, cuidados com as extremidades distais e proximais do cateter), anotações precisas do volume de entrada e saída de bolsas no peritônio, observando sinais de retenção; posicionamentos que favorecem a drenagem do liquido infundido; queixas de dor abdominal, febre, calafrios e letargia que possam indicar peritonite; controle da dieta e ingesta hídrica, atenção aos sinais de piora do edema, cumprimento medicamentoso, dos ciclos de dialise peritoneal e demais consultas agendadas. Conclusão: Observou-se o desafio cotidiano de familiares no cuidado à pessoa idosa em diálise peritoneal e a necessidade de auxiliar os cuidadores a desenvolver conhecimentos e habilidades para lidar com a demanda exigida, principalmente, em relação à terapêutica indicada.