Introdução: A sala de espera reúne os mais diversos públicos que procura uma unidade de saúde, como usuários, acompanhantes ou visitantes, e possibilita atividades de promoção à saúde, onde o público é o protagonista da ação e da construção do conhecimento. Para graduandos de Enfermagem, a sala de espera possibilita a prática de educação em saúde e manejo de saberes para a promoção do cuidado de si e exercício da cidadania. Objetivo: Relatar a vivencias de graduandas de Enfermagem em sala de espera durante o estágio curricular supervisionado. Metodologia: Trata-se de um relato vivência de graduandas de Enfermagem na sala de espera durante o estágio supervisionado de uma universidade privada de Salvador-Ba. As atividades aconteceram em uma Unidade Básica de Saúde da referida cidade, no primeiro semestre de 2021. Resultado: Durante o estágio, as graduandas identificaram a importância de desenvolver estratégias para promover a participação ativa dos usuários nas atividades, e que pudessem gerar reflexões e discussão no grupo. As atividades iniciaram com dinâmicas e métodos de relaxamento, e seguiram de maneira dialógica abordando temas de interesse da comunidade, com vistas a estimular a autoavaliação no cuidado de si e mudanças de hábitos de vida para o cuidado integral. Nas atividades, graduandos mediaram sobre ingesta hídrica, alimentação saudável e demais hábitos de vida para a prevenção de doenças e agravos, e utilizou cartazes com figuras ilustrativas com frases e palavras, folders interativos e panfletos. No local, usuários do serviço de saúde transitavam e aguardavam atendimento, e assim, conversaram, trocaram experiências entre si, observaram e expressaram suas dúvidas e anseios, em um processo de interação mediado pela linguagem e pela subjetividade. Ao final de cada sala de espera, os graduandos agradeciam a participação da comunidade e indagava o público sobre assuntos de interesse comum para as próximas atividades e elaboração de recursos didáticos a serem utilizados. Conclusão: A sala de espera permitiu a interação com a comunidade, favorecendo a relação de confiança entre graduandos e usuários do serviço, despertando-os para o autocuidado. A prática exigiu que os graduandos refletissem sobre o envolvimento dos participantes na construção de saberes, e reforçou que o modelo biomédico de transmissão de conhecimento não é suficiente para despertar mudanças de estilo de vida das pessoas.