Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
IMPLANTAÇÃO E ADESÃO À LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA SEGURANÇA CIRÚRGICA: REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
MARIA MORGANA LIMA SILVA
Autores:
- Laís Emanuelle Santos Passos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Em 2009 a OMS estimou uma diminuição de 500 mil óbitos após a aplicação do checklist de cirurgia segura. Porém, o Brasil ainda possui escassez de estudos que mostrem métodos de trabalho no processo de implantação e de preenchimento adequado do instrumento. Objetiva-se com o presente estudo analisar nas publicações científicas os fatores que dificultam e favorecem o processo de implantação e adesão à Lista de Verificação para Segurança Cirúrgica. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de caráter descritivo e exploratório, onde foi utilizado como questões norteadoras: Quais os fatores que dificultam e favorecem são relatados nos estudos acerca do processo de implantação e adesão à lista de verificação de segurança cirúrgica? Quais as estratégias recomendadas no processo de implantação e adesão à lista de verificação de segurança cirúrgica? Como critérios de inclusão cita-se: possuir como temática central “lista de verificação de segurança cirúrgica ou checklist de cirurgia segura”; estar disponível em texto completo e gratuito; na língua portuguesa, inglesa ou espanhola; ser indexado nas bases de dados SciELO, LILACS e BDENF via BVS, com um recorte temporal de 2010 a 2020. A pesquisa obteve uma amostra de 15 estudos, sendo SciELO (08), seguida da LILACS (05) e BDENF (02). Entre os DeCS mais utilizados dentro da amostra da pesquisa estão: “Lista de checagem” (13), “Segurança do paciente” (11), “Centro Cirúrgico” (04). No Brasil, a adesão às listas de verificação vem sendo processual nos serviços de saúde, enfrentando ainda alguns desafios como a conscientização indevida da importância de seu uso pelos profissionais da equipe cirúrgica, com sinais ultrapassados de culpabilização. Os resultados dos estudos sugerem que somente a inserção da ferramenta no processo de trabalho não assegura a qualidade das práticas, sendo necessário investir na construção de uma cultura de segurança organizacional com base em planejamento, estratégias e avaliação. Ainda são necessários estudos qualitativos e quantitativos sobre o processo de implantação e adesão do checklist de cirurgia segura, considerando a realidade de cada instituição.