Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
MUDANDO A FORMA DE NASCER: PARTO NA AGUA POR ENFERMEIRAS OBSTETRICAS
Relatoria:
Rafaela Faria Gomes da Silva
Autores:
- Suellen do Nascimento Barbosa
- Maryângela Araujo da Costa
- Gisele Araujo Vieira
- Gilmara Lucia dos Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Estudos apontam que as práticas assistenciais obstétricas no Brasil estão baseadas no modelo de atenção tecnocrático, modelo este que apresenta um aumento de intervenções obstétricas desnecessárias durante as internações. Porém, as evidências também destacam que diversas práticas na assistência ao parto contribuem para redução de desfechos perinatais negativos. Dentre essas as práticas cabe destacar a inclusão e o protagonismo da enfermagem obstétrica nos processos de cuidado e atenção ao parto e nascimento. OBJETIVO: relatar a experiência da atuação de enfermeiras obstétricas na implementação da atenção ao parto e nascimento, em especial realizado na água, em um Centro de Parto Normal Intra-hospitalar de uma maternidade pública do estado do Amazonas, Brasil. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da atuação de enfermeiras obstétricas na implementação da atenção ao parto e nascimento, especialmente realizado na água. RESULTADOS: Em 2017 as enfermeiras obstétricas do CPNi vislumbraram a possibilidade de ofertar e realizar a assistência em espaço para contemplar a oferta da atenção ao parto na água em uma banheira, algo novo e pioneiro no estado, sendo assim, deu-se início a reforma do CPNi. Após a reforma, o CPNi passou a contar com 4 quartos PPP, sendo 2 com banheiras para proporcionar a realização da prática assistencial na água. Um PPP foi definido como multicultural contando com características da selva amazônica e adequação da ambiência, considerando as especificidades culturais da população indígena. A equipe foi treinada para ampliar o empoderamento, a fim de garantir a qualificação necessária para a execução dos processos internos, da admissão à alta hospitalar do binômio e aperfeiçoamento de práticas, como: placentografia, atenção ao parto, incentivo à participação da família no juramento do pai, entre outros. A habilitação deste centro pelo Ministério da Saúde se deu em seguida e os índices de boas práticas do parto e nascimento melhoram gradativamente, tendo sido realizado em 2020 um total de 486 partos normais assistidos por enfermeiros obstétricos, com todos os cuidados e seguindo orientações para evitar disseminação do Covid-19. CONCLUSÃO: Essa experiência, trouxe elementos para os avanços da enfermagem obstétrica no estado do Amazonas e o rompimento de velhos paradigmas a respeito do desempenho da enfermeira obstétrica incorporando-as em todos os processos da internação à alta.