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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
ESTENOSE VAGINAL EM MULHERES SUBMETIDAS A BRAQUITERAPIA PÉLVICA – REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Relatoria:
Mariane Bruna da Silva Mendes
Autores:
  • Bruna Helena Mellado
  • Mariana Ramos
  • Cecília Soares Ferreira Carilli
  • Ludmylla Soares Carrijo
  • Isabela Caroline Gonçalves Simões
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Seu aumento gradual está diretamente ligado as condições de vida e avanço da idade, resultando em elevadas taxas de incidência e implicações na qualidade de vida e saúde. Em detrimento da alta incidência deste tipo de câncer, o padrão ouro de tratamento tem sido a braquiterapia pélvica, qual consiste na inserção de radiação ionizante próximo ao local do tumor. Como desfecho primário a esta terapêutica, as mulheres podem apresentar estenose vaginal em consequência dos efeitos colaterais, que, por conseguinte, podem trazer implicações negativas na vida sexual. OBJETIVO: Reunir as informações mais relevantes da literatura acerca da temática, identificando as principais dificuldades vivenciadas pelas mulheres acometidas. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura realizada em julho de 2021, através de artigos coletados nas seguintes bases de dados: PubMED, SciELO e Medline. Inicialmente obteve-se uma amostra total de 15 artigos, no entanto, apenas 7 deles foram selecionados pois estavam alinhados com a questão norteadora que direcionou o estudo: “Como a estenose vaginal após braquiterapia pélvica interfere na vida sexual das mulheres?”. RESULTADOS: A braquiterapia pélvica pode acarretar importantes alterações físicas, psicológicas e fisiológicas na população acometida. E, devido a essas mudanças, umas das queixas mais recorrentes está relacionada com a estenose vaginal. Tal comprometimento é decorrente de uma sequência de transformações que incluem fibrose, aumento de tecido cicatricial, redução da umidade vaginal e limitação da capacidade de elasticidade da vagina. Nesse contexto, o estreitamento vaginal acaba dificultando a penetração nas relações sexuais, afetando diretamente a libido e o prazer dessas mulheres. Por conseguinte, a enfermagem é de suma importância ao dispor-se de orientações para prevenção ou redução dos efeitos deste quadro, indicando, por exemplo, a utilização continuada de dilatadores vaginais (sob supervisão de profissional habilitado) ou ainda a prática saudável de relações sexuais. CONCLUSÃO: Neste contexto a enfermagem desempenha um papel fundamental no atendimento e cuidado às mulheres submetidas a braquiterapia pélvica, especialmente quando há presença ou persistência de quadros de estenose vaginal com implicações negativas na vida sexual.