Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PREVALÊNCIA DE COINFECÇÃO TUBERCULOSE-HIV/AIDS ENTRE JOVENS NA REGIÃO SUL DO BRASIL
Relatoria:
CAMILA MORAES GAROLLO PIRAN
Autores:
- Lucas Vinicius Lima
- Jhenicy Rubira Dias
- Alana Flávia Rezende
- Beatriz Sousa da Fonseca
- Maria de Fátima Garcia Lopes Merino
- Bianca Machado Cruz Shibukawa
- Marcela Demitto Furtado
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa, responsável pela 9º causa de morte no mundo, sendo considerada problema de saúde pública. Evidencia-se que o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) eleva a probabilidade de morte por TB. Nos casos de coinfecção TB-HIV/AIDS, 19,1% evoluem para óbito, sendo os adolescentes e jovens adultos (15 a 24 anos) um grupo etário que merece atenção, por ser uma população vulnerável pelas próprias mudanças da fase da vida, e por relacionar-se com o abandono do tratamento antirretroviral. Objetivo: Identificar a prevalência de coinfecção TB-HIV/AIDS entre adolescentes e adultos jovens na Região Sul do Brasil. Metodologia: Estudo ecológico com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação com casos de coinfecção TB-HIV/AIDS entre adolescentes e adultos jovens (15 a 24 anos), na região Sul do Brasil, notificados no período de 2010 a 2020. Considerou-se coinfecção TB-HIV/AIDS todos os casos notificados por TB que possuíam “sim” para o agravo AIDS ou “positivo” para o HIV. Para cálculo do coeficiente de prevalência, utilizou-se a razão entre o número de casos existentes, pela população residente na região sul de acordo com o ano, multiplicado por 100.000 habitantes. Por tratar-se de dados de domínio público, dispensou-se apreciação ética. Resultados: Foram identificados 1.504 casos de adolescentes e adultos jovens coinfectados por TB-HIV/AIDS na Região Sul, no qual as prevalências começaram a aumentar em 2011 com 3,40 casos a cada 100.000 habitantes, chegando no ano de 2014 com 3,67 e reduzindo significativamente para 1,99 em 2020. Nota-se que as maiores prevalências se concentram no Rio Grande do Sul, no qual a maior foi em 2014 com 6,96 e, em 2019 com 6,30, apresentando uma redução em 2020 para 4,20. No estado de Santa Catarina em 2010 o coeficiente foi de 2,55 e notou-se uma diminuição no decorrer do período chegando em 2020 com 0,99. No Paraná em 2010 as taxas foram de 0,56 casos, ocorrendo um aumento em 2016 com 1,31 e diminuindo para 0,57 em 2020. Conclusão: Há uma variação da prevalência da coinfecção TB-HIV/AIDS no grupo etário com redução no último ano em todas as regiões. A partir desses achados pode-se investigar possíveis ações que tenham levado às reduções apresentadas e elaborar estratégias de ações educativas com foco na promoção da saúde e orientação quanto à adesão terapêutica, consequentemente prevenindo a ocorrência desses agravos.