Conforme os dados globais da Organização Mundial da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose no mundo, onde mais de 1,5 milhão de pessoas morrem a cada ano. Ao longo dos anos, foram implementadas algumas estratégias globais de combate e controle da tuberculose, como a End TB, a qual trata do cuidado integrado, centrado no paciente, com foco na prevenção a fim de garantir a adesão por meio do Tratamento Diretamente Observado, visando acabar com a epidemia global de tuberculose e minimizar a incidência global da tuberculose até 2030. Os profissionais de enfermagem apresentam maior risco de infecção e adoecimento por tuberculose, assim a adesão de medidas e protocolos de biossegurança são essenciais para a manutenção da segurança e integridade dos pacientes, visitantes e profissionais, e o conhecimento dos riscos e da biossegurança relacionados às doenças infectocontagiosas, deve ser um pré-requisito fundamental ao desenvolvimento de atividades dos profissionais de enfermagem que atuam em unidades de saúde, os quais possuem maior capacidade de identificar os fatores de riscos no que cerne a tuberculose. Dessa forma, objetiva-se discorrer sobre o conhecimento dos profissionais de enfermagem quanto à biossegurança frente a assistência da tuberculose. No que concerne à metodologia, trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, com o processo de busca de artigos na base de dados Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os descritores “Biossegurança", “Tuberculose” e “Enfermagem”, totalizando 7 artigos. Após a leitura prévia e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, resultaram 3 artigos. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra, publicados em português e que abarcavam o objetivo supracitado, e excluídas as publicações secundárias. Diante do exposto, os resultados evidenciam empecilhos e desafios que interferem negativamente na aplicabilidade e efetividade das estratégias, como o elevado risco de exposição à tuberculose em âmbito hospitalar relacionando-se com falhas no diagnóstico, no isolamento, nas medidas de biossegurança e no manejo dos pacientes, além do despreparo dos profissionais e a falta de atividades de educação continuada nas instituições. Conclui-se então a necessidade da sensibilização dos profissionais, de instituir rotinas de precaução e isolamento e implementar intervenções educativas, assim como realizar novas pesquisas, pela evidente baixa produção científica acerca do tema.