Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica com elevadas taxas de incidência, mortalidade e incapacidade na população. Estudos mostram que essa condição afeta 76 a 119 pessoas a cada 100 mil habitantes por ano, o que prejudica diretamente a qualidade de vida dessa população e resulta em danos sociais, físicos, emocionais e psicológicos, necessitando de um processo de reabilitação social pós episódio. A Enfermagem assume um papel fundamental no processo de identificar precocemente os sinais de alerta do AVC, contribuindo para a redução de sequelas da doença ou até mesmo evitando o óbito. Objetivo: Evidenciar a importância da Enfermagem na identificação precoce do AVC e sua contribuição para qualidade de vida do paciente. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem On-line (MEDLINE/PUBMED), na Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS) e na Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores em DeCS Assistência de Enfermagem, Acidente Vascular Cerebral e Qualidade de Vida, utilizando o operador booleano AND. A seleção respeitou critérios de inclusão/exclusão sendo estarem disponíveis de forma completa e gratuita, entre os anos 2016 e 2021, nos idiomas português, inglês e espanhol, com qualquer desenho metodológico. Foram excluídos estudos que se mostravam inconclusivos e/ou repetidos. Resultados: Foram encontrados 127 estudos dos quais 5 cumpriram os critérios previamente estabelecidos e foram incluídos na revisão. A identificação em tempo hábil de sinais clínicos dessa condição torna-se necessária no processo de prevenção de incapacidades relacionadas ao quadro, cabendo a enfermagem o papel de avaliar e detectar precocemente sinais clínicos do AVC e direcionar rapidamente o paciente para tratamento e intervenções necessárias. Conclusão: Em vista disso, conclui-se que o tempo é o foco ao rastrear pacientes com AVC, devendo a enfermagem dispor de ferramentas de triagem que podem ser integradas aos protocolos institucionais a fim de servir como um guia avaliativo de sinais ou sintomas do acidente vascular cerebral. Dessa maneira estará contribuindo para um reconhecimento antecipado dessa condição e possibilitando uma intervenção oportuna, evitando o surgimento de sequelas que irão interferir na qualidade de vida do paciente.