Introdução: O Centro de Material de Esterilização (CME) tem por missão prover todos os serviços assistenciais e de diagnósticos de produtos para a saúde (PPS) processados, garantindo a quantidade e a qualidade necessárias para uma assistência segura. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não publicou em notas técnicas recomendações especiais para o processamento, mas orientou quanto a necessidade dos serviços de saúde de estabelecer fluxos, rotinas de retirada e de todas as etapas do processamento dos produtos para saúde utilizados durante a assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo SARSCoV-2. Objetivos: Relatar sobre as mudanças na rotina de um Centro de Material de Esterilização durante a pandemia. Metodologia: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em julho de 2021 em um Centro de Material de Esterilização de um Hospital de Ensino no Estado do Maranhão. Para o desenvolvimento do relato foram colhidas informações a partir de um novo Procedimento Operacional Padrão (POP) desenvolvido pelo setor, através da observação direta e atuação na rotina . Resultados: O Protocolo Operacional Padrão determinou uma equipe de enfermagem exclusiva para buscar os PPS utilizados nos setores destinados ao atendimento dos casos de COVID-19 em contêineres fechados em horários pré-estabelecidos para evitar que os materiais fossem processados durante o período destinado ao atendimento de artigos de outras clínicas, além disso, os profissionais responsáveis por esta missão deveriam usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e tomar banho após a limpeza dos produtos no expurgo. Uma outra equipe, que na escala do dia, estaria na área limpa do CME, ficaria responsável por fazer a entrega dos materiais processados às unidades COVID-19. Para a limpeza, foi recomendada preferencialmente o método automatizado por meio das lavadoras ultrassônicas. Após a limpeza dos PPS, a área suja do CME, passaria por desinfecção e troca dos campos que cobriam as bancadas. Sobre os artigos, os críticos seriam processados no ciclo de instrumentais e os semicríticos no ciclo anestesia, mas ambos na termodesinfectadora. Na secagem, foi suspenso o uso de ar comprimido para evitar a formação de aerossóis. Conclusão: Foram necessárias adequações para atender aos objetivos da CME dentro de um novo contexto mundial, a pandemia.